O seminarista é um policial engraçado. Li-o bem. É sobre um assassino profissional que foi seminarista e que diz muitas frases em latim. Uma figura que à partida seria o "mau" da fita. E é. Mas fui criando uma empatia com o personagem. Ao longo do livro apercebi-me que estava a torcer por ele. Apesar de ser um livro em que todas as personagens relevantes são "más" numa avaliação primária, e com base nas actividades desenvolvidas por cada uma, fui orientado para dividir as personagens entre boas e más. As únicas personagens que podem na realidade aspirar a ser consideradas boas, neste mundo a preto e branco, seriam as que não duram mais do que um parágrafo, relativo à descrição do despacho do serviço.
Duas frases ficaram:
"Qualquer um pode cometer um erro, só um tolo comete o mesmo erro novamente"
E numa situação em que estava a ser torturado:
"Então me lembrei de uma frase que li num dos livros do Bruce Chatwin, sobre a importância da postura ereta, a postura ereta, ainda mais do que a presença do superego, entre esses atributos que o elevaram acima do reino animal, a postura ereta era o mais importante."
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