Earworm XXXIII


Prémio da Akademia Music Awards dos EUA, na categoria «Melhor video de música antiga» (Novembro 2015).

ONIRIA, formado em 2009, é um conjunto musical espanhol especializado na interpretação de reportório renascentista e barroco, utilizando reproduções de instrumentos originais de sopro e metal, especialmente no sacabuche ou sacabuxa que é o antepassado do trombone de vara.
Do ensemble fazem parte Daniel Anarte (director artístico), José Antonio Martínez, Carmelo Sosa e Ramón Peñaranda, integrando também na precursão Yu-Jung Chung.  
O tema eleito para o videoclip foi o «Motete a la Pasión de Nuestro Señor Jesucristo» de Juan Pérez Roldán (1604-1672).
Segundo afirmam os músicos, trata-se da primeira gravação desta partitura e pertence à Série Primeira do século XVIII, do Primeiro Tomo da colecção de música sacra La Lira Sacro-Hispana dirigida por Hilarión Eslava.
A curta-metragem (gravada nas praias do Peñón del Cuervo de Málaga e assinada pela realizadora Saray Ramos) recria uma história, um sonho neste caso, baseado no clássico cinematográfico «O sétimo selo». Foi rodada num sombrio preto e branco bergmaniano e coloca o director do ensemble, Dani Anarte, numa praia jogando uma partida de xadrez com a morte, que aquí é interpretada por Caroline Astwood.*

ONIRIA - Molete a la Pasión

*Fonte: http://www.musicaantigua.com/oniria-bergman-y-el-motete-barroco-todo-en-un-video/



Miss Universo 2015... A noite mais curta


Ao contrário da noite de 21 de Dezembro, que foi a noite mais longa do ano, para Ariadna, foi a noite mais curta do ano... enquanto Miss Universo. 3 minutos de alegria e fama. Afinal, Pia das Filipinas, é a Miss Universo 2015. Entre as duas, venha o diabo e escolha. Não conheço os critérios do juri, no entanto, seria difícil avaliar qual a mais indicada para o cargo... Visto de fora, as duas têm competências... 

A Ariadna, ainda restam 12 minutos de fama. Se os utilizar bem...



Inverno

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stonehenge


Ontem, 21 de Dezembro, foi o dia mais curto do ano.
Hoje 22 de Dezembro, pelas 4h48 A.M. foi o solstício de Inverno. E marcou a entrada do Inverno, que veio acompanhado pelo frio. 

Hoje a minha preferida é... Queen * Don't Stop Me Now


Earworm XXXII

Poema de Desamor


Desmama-te desanca-te desbunda-te
Não se pode morar nos olhos de um gato

Beija embainha grunhe geme
Não se pode morar nos olhos de um gato

Serve-te serve sorve lambe trinca
Não se pode morar nos olhos de um gato

Queixa-te coxa-te desnalga-te desalma-te
Não se pode morar nos olhos de um gato

Arfa arqueja moleja aleija
Não se pode morar nos olhos de um gato

Ferra marca dispara enodoa
Não se pode morar nos olhos de um gato

Faz festa protesta desembesta
Não se pode morar nos olhos de um gato

Arranha arrepanha apanha espanca
Não se pode morar nos olhos de um gato
  

Alexandre O'Neill


Tiago Bettencourt - Poema de Desamor

Surpreendente mundo da Mata do Buçaco * Sete novos insetos

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O ecossistema da Mata do Bussaco é vasto e rico. O conhecimento da Mata do Bussaco é cada vez mais profundo, e um mundo interessante para os biólogos, sendo objeto de estudo para muitos deles.

À sua riqueza histórica e religiosa, reconhecida à largos anos, à sua riqueza botânica, junta-se uma riqueza que nem sempre foi visível mas sempre existiu: a riqueza zoológica. Neste caso, a riqueza relacionada com a entomologia, com a descoberta de 7 novos insetos a acrescentar a outros descobertos nos últimos anos. Green Savers – Sete novos insectos descobertos na Mata do Buçaco.



É valiosa a presença cada vez maior e mais contínua de uma comunidade científica relevante, seja através de instituições, investigadores, estagiários ou apenas interessados/curiosos pelo local. Torna uma Mata que é mágica per si, ainda mais mágica. À luz da ciência...


Hoje a minha preferida é... A.M.O.R. * Pedro Abrunhosa


O Primeiro Rei de Portugal * D. Afonso Henriques

Uma bela forma de conhecer alguma história de Portugal! D. Afonso Henriques:

Vídeo animado que dá a conhecer a vida e os feitos do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Com argumento e realização da autoria de Pedro Lino, resulta de uma parceria conjunta entre o Museu de Alberto Sampaio e a Câmara Municipal de Guimarães e foi desenvolvido no âmbito das Comemorações dos 900 Anos do Nascimento do primeiro monarca português.

Earworm XXXI


Jean Sibelius, compositor finlandês de música erudita dos finais do sec. XIX e inícios do sec. XX, deu à luz a suíte Kuolema, tendo a Valsa Triste como seu primeiro andamento. De seus descendentes, Lauri Porra tomou-lhe o pulso na demanda musical e criou a sua versão da triste valsa do bisavô. Também se dedica ao "metal " (no contrabalanço da hereditariedade); mas confesso que aprecio mais a faceta Porra’s Jazz.  

Lauri Porra - Valse Triste


Essa mania de vivermos felizes para sempre | Revista Bula


Muitas questões num texto só! Um mar de dúvidas para refletir sobre as mais mundanas das situações. Não é filosofia de ponta. É filosofia que conta: 



"Por que Deus não deixa de onda e me dá logo um maravilhoso par de asas?"


"Na dúvida, pergunte a uma criança.
Por que acordar com o pé esquerdo não faz de mim um gauche na vida? Por que os ombros do mundo não suportam a poesia de Drummond? Por que tolerar intolerantes que desperdiçam os chopes dos bares em happy-hours que só me deixam triste? Por que não respirar fundo, cair dentro e arriscar: nadar, nadar, nadar e morrer de amor na praia?
Por que anda tão difícil dobrar os corações com um poema? Tem alguma coisa errada: por que chove tanto canivete na minha aorta? Por que a moça do tempo não entra agora mesmo por aquela porta e anuncia que amanhã vai ser o melhor dia das nossas vidas, faça chuva ou faça sol? Por que estamos sempre sujeitos ao mau tempo, às pancadas de dúvidas?
Por que não dar algum crédito aos que não creem em estátuas feitas de barro? Por que continuam a servir rissoles frios para os ateus nos coquetéis? Por que cuspir no guaraná deles? Pra que tanta maldade, meu amor? Por que a garçonete não se casa comigo? Por que a fila de fiéis só aumenta nos altares das agências lotéricas? Por que Deus não deixa de onda e me dá logo um maravilhoso par de asas? Por que as cobras sonham voar?
Por que papai está batendo na mamãe? Por que as crianças insistem em dizer a verdade, doa em quem doer? Por que as mulheres gostam de apanhar dos homens as flores que estão no canteiro? Por que não bater nelas com uma rosa, assim, devagarinho? Por que as palavras machucam mais que os bofetões? Por que, simplesmente, não fazer a mala, desejar boa sorte e cair fora?
Por que — apesar de comermos juntos no mesmo prato — a solidão aqui dentro não me devora? Por que rivotril se tem música tocando no jardim? Por que os passarinhos estão voltando? Por que não há gaiolas para conter caralhos-de-asas? Por que basta um bocado de grosseria para comprometer um texto fofo que estava indo tão bem?
Por que essa mania de vivermos felizes para sempre? Por que a morte nunca nos parece tão comemorável quanto um gol ou um parto? Por que partir quebra os corações? Por que a saudade bate mais forte nas noites de domingo? Por que esperar tanta vida após a morte se podemos usufruir dela aqui e agora? Na boa: pra que viver por toda a eternidade? Aonde é que isso tudo vai dar?
Por que a alegria é fugaz e a tristeza perene? Por que Irene riu, Irene riu, Irene riu? Por que nunca choramos lágrimas sabor doce de leite? Por que motivo você não me lambe com a testa? Por que ando mais emotivo que o meu cachorro? Que calor! Por que São Pedro pensa que somos todos hidrofóbicos?
Por que dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade, se você pode mentir, somente mentir, nada mais que mentir, e me fazer feliz? Por que você quis sair com aquele sujeito? Por que a água acaba, o gás acaba, o amor acaba, mas o ódio continua firme e forte? Por que perpetuar a espécie num planeta tão caótico? Por que gozar na boca da noite? Por que exigir que alguém engula a porra dessa história toda?"


Original: Revista Bula

Earworm XXX

«Ao remeter uma cópia da Oferenda Musical ao rei, Bach acrescentou uma carta dedicatória (...):

Radiosa Majestade:

Com a mais profunda humildade dedico a Vossa Majestade uma oferenda musical, cuja parte mais nobre deriva da própria augusta mão da Vossa Majestade. Com extasiado prazer, recordo ainda a muito especial graça real quando, durante a minha visita a Potsdam, há algum tempo, Vossa Majestade se dignou executar para mim um tema para fuga no teclado e me encarregou, ao mesmo tempo, de modo tão generoso, de o desenvolver diante da augusta presença de Vossa Majestade. Cumprir a ordem de Vossa Majestade foi para mim o mais humilde dos deveres. Logo percebi, contudo, que, por falta da necessária preparação, a execução da tarefa não esteve à altura de tão excelente tema. Resolvi, por conseguinte, dedicar-me a elaborar mais profundamente este genuíno tema real e a torná-lo, assim, conhecido do mundo. Esse propósito foi agora alcançado, na medida do possível, e tem como única e irrepreensível intenção a de glorificar, ainda que em medida limitada, a fama de um monarca cuja grandeza e poder todos devem admirar e reverenciar especialmente na música, assim como em todas as ciências da guerra e da paz. Atrevo-me ainda a acrescentar este mais humilde dos pedidos: que Vossa Majestade se digne honrar o presente trabalho modesto com a sua benévola aceitação e continue a conceder a augusta graça real de Vossa Majestade ao humílimo e obediente servidor de Vossa Majestade.

O Autor

Leipzig, 7 de Julho de 1747.»*

*«Gödel, Escher, Bach - laços eternos», Douglas R. Hofstadter (Gradiva) 


J.S.Bach (condução de Jordi Savall) - Musikalisches Opfer (Oferenda Musical)

Earworm XXIX



«Sem modelo a imitar, sem autoridades poéticas a respeitar, os autores da literatura oral da língua pashtun criam longe dos livros. (…) Há um género que exige sempre a participação [da mulher]: o Landay trata-se de um poema curto, de dois versos livres de nove e treze sílabas, sem rimas obrigatórias mas com sólidas escansões internas. Vocalizado diferentemente segundo as regiões, frequentemente pontua as discussões à maneira de uma citação, de um ditado que expõe um sentimento ou uma ideia. (…) As suas melodias incansavelmente exaltam três temas com sabor a sangue: o amor, a honra, a morte.» in "A voz secreta das mulheres afegãs - o suicídio e o canto", de Sayd Bahodine Majrouh.


Inspirações....





Dhafer Youssef - In the name of love

São Francisco de Assis era empreendedor?




"Comece por fazer o que é necessário, 
depois o que é possível e, 
de repente, 
estará a fazer o impossível."

São Francisco de Assis

As criancinhas que mandam no mundo

O texto abaixo deve servir, no mínimo, para reflexão. Provavelmente, para rever alguns conceitos e mudar comportamentos. De filhos e de pais.


Depois do primeiro impacto e de chamar alguns nomes ao autor, daqueles que os filhos não devem ouvir, talvez seja útil analisar quantas vezes já permitimos comportamentos parecidos com os apresentados pelo ignóbil Diogo Faro, que não devia ter interferido na paz presente nos lares. E agora, vou lançar uns comentários no site do texto original, porque estas sacanices são difíceis de aceitar. Proposta: Ler texto abaixo e ir para o texto original chamar nomes ao tal Faro.

As criancinhas que mandam no mundo
"Aqui há dias fiz um “post” no Facebook onde criticava, exageradamente de forma a ter graça, as criancinhas que passam por mim a correr na praia e me enchem de areia. Nada de grave, ninguém morre por levar com uns grãos de areia. Mas o que achei mesmo engraçado foi a reacção de alguns pais ao dito “post”. Fizeram-me pensar e aqui me redimo.
Certos pais fizeram-me perceber que temos que perdoar tudo às crianças porque elas são… crianças. Claro! Elas precisam de se expressar e de brincar! E se isso passa por atirar areia para cima de estranhos na praia e berrar sem motivo em restaurantes, como é que há pais que se atrevem a dizer-lhes que não façam isso? Como, senhores?! É a isso que chamam educação, só porque estão a respeitar os outros com quem vivem em sociedade? Errado! Isso é meramente castração criativa. Estão a ser mal-educados, impertinentes e egoístas? O que é que isso importa quando podem estar ali futuros Napoleões, Hitlers ou Salazares? Não podemos desperdiçar tais talentos.
Tenho imensa pena que os meus pais não me tenham educado assim. Lembro-me perfeitamente que, quando era pequeno, na praia me obrigavam a não correr quando passava ao lado de pessoas estendidas na toalha. Já viram se eu nunca tivesse parado? Se calhar, tinha treinado tanto que agora era melhor que o Madjer e também era Campeão do Mundo de Futebol de Praia. E pior! Se, por algum triste acidente, atirava areia a alguém, obrigavam-me a pedir desculpa. Ahah! Absurdo. Como é que eles se atreviam a desautorizar uma criança à frente de adultos estranhos? Como é que me castravam o poder que eu estava a construir para dominar o mundo? Que dor de alma.
E chego à conclusão que há ainda pior. Os energúmenos que vêem mal nas crianças serem “educadas” desta forma, levadas num pedestal sobre todos os outros seres vivos, a aprender a pisar os outros por isto ser um mundo cão. É assim mesmo que tem ser. Vão ser adultos insuportáveis, completamente despojados de sentido de vida em sociedade e de respeito pelos outros? Ainda bem. É assim que os grandes se formam e ficam na História.
Retiro o que disse no “post”, e que algumas pessoas tomaram como literal, a minha vontade que as crianças que me enchem de areia, sem que os pais as chamem à atenção, caiam de boca e almocem 2kgs da mesma. Pelo contrário, quero que me pisem mesmo na cabeça, que continuem a correr, que dêem um pontapé no estômago de outra criança que se atreva no seu caminho, que chapinhem ao lado da velhota que está a tentar entrar devagarinho na água por causa das dores nos ossos e, por fim, que matem uma gaivota que estava ali em dificuldades no mar. São crianças? Então que façam tudo o que bem lhes apetecer porque o mundo precisa de futuros adultos assim.
E eu iria mais longe. Que se lixe o “por favor” e o “obrigado”, que se empurre em vez de pedir licença, que se roube em vez comprar e que ordene em vez de pedir. Afinal de contas, crianças são crianças e aos 18 logo se vê.
Parabéns aos pais que têm a coragem de as educar assim."
Diogo Faro
Original: Criancinhas * Sol

Earworm XXVIII

Conjugações...

 
Bailado das Lontras Selvagens
 
 
A menos que a natureza
Quebre o encanto ao lugar
Só elas, ninfas do Ocreza,
Continuarão a bailar.
 
 
«O rio que vem depois», Vergílio Alberto Vieira (2015)
 
 
 
«And those who were seen dancing were thought to be insane by those who could not hear the music.»
 
 
Friedrich Nietzsche (without evidence)
 
 
 Toconoma - Vermelho do sol

Madonna cita Fernando Pessoa

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Cantora norte-americana partilhou uma frase do "Livro do Desassossego"

«Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito».

Original: Madonna cita Fernando Pessoa - Activa:


Earworm XXVII

Umm Kulthum ou Om Kalthoum nasceu a 4 de Maio de 1904 e morreu a 3 de Fevereiro de 1975. Mais de três décadas após sua morte, ainda é reconhecida como uma das cantoras mais famosas e ilustres da história da música árabe do século XX.
O músico Ibrahim Maalouf dedica-lhe o seu novo álbum "Kalthoum" que, como o próprio diz "é uma celebração das mulheres que mudaram o curso da história e cuja influência artística teve um impacto nas nossas vidas presentes."

Ibrahim Maalouf - Movement I (Kalthoum)

Alerta: Nova funcionalidade do Facebook para pais

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Agora que está a acabar o fim de semana e que todos corremos para o computador para atualizar as maravilhas associadas ao fim de semana e às nossas maravilhosas, invejáveis e inigualávais vidas, talvez seja útil parar 5 minutos para ler e aproveitar esta nova funcionalidade do Facebook.  



"Novo alerta do Facebook para pais que publicam fotografias dos filhos

"São boas notícias para os pais mais distraídos que gostam de publicar fotografias das crianças. O Facebook vai passar a perguntar: "tem a certeza que quer continuar?".

A pergunta vai saltar cada vez que publicar uma fotografia com crianças publicamente na rede social. "Tem a certeza que é isso que quer?".

Esta nova ferramenta permite detetar crianças nas fotografias e ajuda os mais distraídos a escolher o grau de privacidade. Assim evita que a imagem do seu filho possa ser visualizada por todos.

A novidade foi anunciada pelo vice-presidente da engenharia e infraestrutura do Facebook, Jay Parikh, num evento de sobre o futuro da média em Bloomsbury, no Reino Unido.

"Se eu estivesse a fazer um upload de uma fotografia dos meus filhos a brincar no parque e, acidentalmente, partilhasse a imagem publicamente, o sistema emitiria um alerta: Espere, essa fotografia é dos seus filhos e normalmente apenas os seus familiares e amigos a conseguem visualizar. Tem a certeza que quer continuar?, explicou Jay Parikh.

Este serviço faz parte de um "pacote" de novidades cujo objetivo é melhorar a inteligência artificial e os algoritmos da plataforma para aumentar a capacidade de detetar e filtrar conteúdo "suspeito".

Por dia são publicadas duas mil milhões de fotografias nesta rede social. Grande parte de crianças."

Original: 

As dez denúncias do psicanalista Adam Phillips


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Uma reflexão a considerar

As dez denúncias do psicanalista Adam Phillips


"Um dos mais influentes psicanalistas da Inglaterra, autor de dez livros e editor da nova tradução da obra de Sigmund Freud (1856-1939), Adam Phillips, 48 anos, mais parece um profeta do que um homem da ciência. Pelo menos essa é a idéia que se tem depois de ler a entrevista que ele concedeu à revista Veja em 12 de março de 2003, “Páginas amarelas”), mas que sete anos depois me parece atualizadíssima as auestões arguidas por ele, da qual se extraíram as dez denúncias abaixo numeradas:

1. Hoje as pessoas têm mais medo de morrer do que no passado. Há uma preocupação desmedida com o envelhecimento, com acidentes e doenças. É como se o mundo pudesse existir sem essas coisas.

2. A idéia de uma vida boa foi substituída pela de uma vida a ser invejada.

3. Hoje todo mundo fala de sexo, mas ninguém diz nada interessante. É uma conversa estereotipada atrás da outra. Vemos exageros até com crianças, que aprendem danças sensuais e são expostas ao assunto muito cedo. Estamos cada vez mais infelizes e desesperados, com o estilo de vida que levamos.

4. Nos consultórios, qualquer tristeza é chamada de depressão.

5. As crianças entram na corrida pelo sucesso muito cedo e ficam sem tempo para sonhar.

6. No século 14, se as pessoas fossem perguntadas sobre o que queriam da vida, diriam que buscavam a salvação divina. Hoje a resposta é: “ser rico e famoso”. Existe uma espécie de culto que faz com que as pessoas não consigam enxergar o que realmente querem da vida.

7. Os pais criam limites que a cultura não sanciona. Por exemplo: alguns pais tentam controlar a dieta dos filhos, dizendo que é mais saudável comer verduras do que salgadinhos, enquanto as propagandas dão a mensagem diametralmente oposta. O mesmo pode ser dito em relação ao comportamento sexual dos adolescentes. Muitos pais procuram argumentar que é necessário ter um comportamento responsável enquanto a mídia diz que não há limites.

8. [Precisamos] instruir as crianças a interpretar a cultura em que vivemos, ensiná-las a ser críticas, mostrar que as propagandas não são ordens e devem ser analisadas.

9. Uma coisa precisa ficar clara de uma vez por todas: embora reclamem, as crianças dependem do controle dos adultos. Quando não têm esse controle, sentem-se completamente poderosas, mas ao mesmo tempo perdidas. Hoje há muitos pais com medo dos próprios filhos.

10. Ninguém deveria escolher a profissão de psicanalista para enriquecer. Os preços das sessões deveriam ser baixos e o serviço, acessível. Deve-se desconfiar de analistas caros. A psicanálise não pode ser medida pelo padrão consumista, do tipo “se um produto é caro, então é bom”. Todos precisam de um espaço para falar e refletir sobre sua vida."

Fonte:

Quem gosta de ir à invicta?


Passar no Freixo é bom!
Vai-se ao Norte buscar conhecimento e traz-se, não só conhecimento, mas também elevadas doses de energia...

Até muito breve, doce e rude Inbicta!!!

Earworm XXVI

Dormia um sono lento e era 
um morto
à superfície da terra.
Talvez do seu futuro corpo nascesse 
uma planta, súbito arbusto silvestre
ou simples amora.
Entanto considerava:
Este meu corpo é música sem pausa.
Arbusto sem princípio nem fim.
Assim o dou.

Junho 1963*
Manuel de Castro


Eberhard Weber - nuit blanche



*"Bonsoir, Madame" (Alexandria/Língua Morta)

Earworm XXV

Celebra-se hoje (2 de Novembro), em Portugal, o «Dia dos Finados».
No México, dá-se-lhe o nome de «Dia de los Muertos»; celebração de origem indígena que, em 2008, foi reconhecida pela UNESCO, sendo integrada na lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade. 
Ao contrário da nossa tradição no que respeita ao "estado de espírito", no México, este dia é vivido com enorme alegria porque acredita-se que os mortos vêm visitar os seus parentes, celebrando-se este "facto" com muita música, enfeites, flores, comida, trajes e explosões de cores que salpicam cada casa, cada sala, cada mesa ou altar de oferendas.
Uma das comidas que se tem por costume fazer é o «Pan de Muerto». Deixo a receita para quem se queira dedicar à arte de bem receber quem já partiu:


  • 30gr de levedura;
  • 3 colheres de sopa de água;
  • 6 chávenas de farinha;
  • 6 ovos;
  • 1 lata de leite condensado;
  • 4 gemas;
  • 250gr de manteiga;
  • 2 colheres de sopa de água de flor de laranjeira;
  • 1 ovo para pincelar;
  • Açúcar necessário para polvilhar.

Dissolva a levedura em água morna e junte meia chávena de farinha. Forme uma pasta e deixe repousar durante 15 minutos. Cubra com um pano húmido até que duplique de tamanho.
Ponha o resto da farinha em monte em cima da mesa e faça uma pequena cova no centro. Aí ponha os ovos, o leite condensado, as gemas, a manteiga e a água de flor de laranjeira. Misture com as mãos e vá juntando a massa de levedura que esteve previamente em repouso. Amasse até que se despegue da mesa sem deixar nenhum resíduo. Coloque-a num recipiente ligeiramente untado e deixe repousar durante 2 horas para que duplique de tamanho.Divida a massa em 4 partes e corte uma pequena quantidade de massa de cada uma delas, que servirá para a decoração. Dê à massa a forma de lágrimas e suspiros e decore com a porção de massa retirada em forma de fogaça. Deixe repousar num lugar morno até que duplique de tamanho. Barre com ovo e polvilhe com açúcar. Pré-aqueça o forno a 200 graus e deixe cozer entre 25 a 30 minutos, até que doure.*

*Retirado do livro «À mesa com Frida Kahlo», de Luz Martínez. 


Salma Hayek (voz) - La bruja

Hoje a minha preferida é... Samba da Bênção * Vinicius de Morais

Qual a versão preferida? a de Vinicius ou a da Bebel Gilberto? Para já fica a do Big Vinicius!



O trabalho da criança... * Halloween

Diz a sabedoria popular que "O trabalho da criança é pouco, mas quem o despreza é louco..."
No Halloween, os preparativos ajudam a meter a mão na massa, neste caso, na abóbora.

Resultou um bom trabalho: