Não vamos falar de futebol!

Agora que Portugal foi eliminado, o futebol toma uma dimensão que não transcende as 4 linhas. Assim, nestes dias de descanso, os temas são variados e, para nós Portugueses, há temas que estão em sintonia com a nossa realidade. Assim, não vislumbro melhor tema do que "protestos".

Lá, como cá, existem protestos. Aliás, tenho seguido com muita atenção os protestos na Ucrânia (ainda não me debrucei sobre os protestos na Polónia), que são protestos interessantes e com conteúdo. Seria positivo que nós por cá, olhássemos com atenção para estes protestos e retirássemos o que eles têm de bom, para pôr em prática neste nosso país de brandos costumes.

Já vi protestos sobre vários temas e concordo. É uma prova da capacidade de comunicação destas protestantes. Conseguem convencer. Têm capacidade de persuasão. Mesmo não percebendo o que dizem simpatizo com as suas causas. E têm a capacidade de aparecer em telejornais em todo o mundo. Esta é a verdadeira arte da comunicação. Fica a seguir o exemplo de como se deve protestar com impacto real, e fica a esperança que também por cá se abrace o futuro das manifestações eficazes:






Euro 2012: Estamos na final

Estamos na final do EURO 


Domingo é a final do Euro 2012.
Nós estamos na final! Não com a equipa de todos nós, que já chegou à nossa praia e foram recebidos como heróis. Merecidamente! Mas Pedro Proença vai acompanhar Espanha e Itália (sim, Itália! Já! A Alemanha já foi para casa! Não! Não estou enganado! Eu sei! Platini dixit! Errou! Sim, preferia que tivesse errado no outro finalista!).
Extraordinário o facto de um árbitro ir à final da Liga dos Campeões e à final de uma competição desta dimensão ao nível das seleções. Só pode ser o reconhecimento de que também é um fora de série da arbitragem! Arbitra, normalmente, no campeonato português. Mais extraordinário se torna quando é motivo de rompimento com as tradições. Países que chegassem às meias-finais teriam os seus representantes da arbitragem de volta às origens. Neste Euro, optou-se por ter os melhores de reserva, mesmo tendo os seus países na prova. É uma mudança positiva!

A Itália



Estão duas grandes seleções na final. Qualquer uma pode ganhar. A seleção espanhola continua igual. A Italiana é que trouxe um grau de novidade interessante para este Euro: deixou de ser essencialmente defensiva e exageradamente estratega, para ser mais ofensiva e permitir a inclusão de loucos de forma harmoniosa. Já falamos da loucura e inimputabilidade do Balotelli mesmo aqui, mas neste Euro, é justo salientar a sua genialidade. Proporcionou momentos absolutamente fantásticos e qualquer dos golos com a Alemanha, representa genialidade e um dom ao alcance de poucos, que o vai catapultar para estar nas short-lists dos melhores jogadores do mundo. Está aqui um potencial substituto de CR7 (o nosso Ronaldo que fez um Euro absolutamente magnífico).

Heroes com uma camisola fantástica:

Espero que o branco passe a ser a camisola principal da nossa seleção. É mais fácil explicar a crianças que somos de uma cor todo o ano e que defendemos uma cor diferente nestes períodos. Mas esta camisola é, provavelmente a 2.ª mais espetacular que a seleção já teve. A que mais gostei foi de uma camisola preta.
Não pude receber a nossa seleção no aeroporto, mas fica uma homenagem aos nossos heróis:



ranking de marcas verdes e de carros de todas as cores

A Toyota lidera o ranking da Interbrand "Best Global Green Brands 2012" (Melhores Marcas Verdes Globais). Seguem-se a Johnson & Johnson e a Honda. Pode-se ver este ranking completo em imagens de marca e a marca mais verde. 


Aparecem 8 marcas de carro. Um bom  indício para o setor automóvel. A seguir, ficam algumas fotografias do Rolls-Royce Phantom Series II. Não está neste ranking, mas aparece bem colocado em muitos outros, entre os quais, o ranking das minhas preferências:









Podem ver mais mesmo aqui: Rolls Royce Phantom Series







Bento insuficiente para derrubar Bosque

Grande Campeonato!
Acima das expetativas iniciais e apenas parado por uma seleção espanhola de qualidade inquestionável. Apenas o Bosque espanhol travou o Bento português!
Excelente, excelente... seria se ganhássemos o Euro. Assim, ficámos pelo muito bom! O que é bom! Há motivos para ter orgulho na seleção e, o histórico dos últimos anos, dá-nos a esperança de conquistar um troféu nos anos mais próximos. Mas mesmo que tal não aconteça, estar permanentemente entre os melhores é bastante positivo. Potencia a marca Portugal, não só desportivamente mas noutros campos. A imagem que passou de Portugal foi positiva e geradora de simpatias e boas sensações. Parece que em determinados locais, Portugal só é falado através de Ronaldo ou Mourinho. No final destas grandes competições, tem sido falado também pela atitude e qualidade futebolística. O poder do futebol é imenso e nós somos bons no campo.
Agora, foco no Rio 2014!
Entretanto, eu e mais uns quantos, partilhamos sentimentos:


os animais no Euro 2012


A ida a diferentes tipos de oráculos já se tornou rotina nas grandes competições de futebol. Seguindo a tradição que ganhou força no Mundial de África do Sul, com recurso aos animais para fazer previsões sobre resultados, continua em força, sendo cada vez mais diversificada a possibilidade de escolha. Depois do Polvo Paul, universal, da Vaca Yvone, na Alemanha, do porco Funtik, da Ucrânia, surge um novo adivinho, que ainda não se sabe bem se é galo ou uma nova espécie de polvo. No entanto, prevê-se que possa ser o auge da adivinhação irracional.

carta de Mourinho à Seleção Nacional



Acredito que hoje Portugal ganhe à Dinamarca e creio que a Holanda vai ganhar à Alemanha. O que vai dar uma salada russa daquelas!
E, como se diz por cá, até ao lavar dos cestos é a vindima!

Esta carta de Mourinho devia ser lida por todos para dizermos a uma só voz:
FORÇA PORTUGAL!
ATÉ OS COMEMOS!


CARTA DE MOURINHO À SELECÇÃO NACIONAL
 
Sou português há 47 anos e treinador de futebol há dez. Sendo assim, sou mais português do que treinador. Posto isto, para que não restassem dúvidas, vamos ao que importa... As Selecções Nacionais não são espaços de afirmação pessoal, mas sim de afirmação de um País e, por isso, devem ser um espaço de profunda emoção colectiva, de empatia, de união. Aqui, nas selecções, os jogadores não são apenas profissionais de futebol, os jogadores são além disso portugueses comuns que, por jogarem melhor que os portugueses empregados bancários, taxistas, políticos, professores, pescadores ou agricultores, foram escolhidos para lutarem por Portugal. E quando estes eleitos a quem Deus deu um talento se juntam para jogar por Portugal, devem faze-lo a pensar naquilo que são - não simplesmente profissionais de futebol (esses são os que jogam nos clubes), mas, além disso, portugueses comuns que vão fazer aquilo que outros não podem fazer, isto é, defender Portugal, a sua auto estima, a sua alegria. Obviamente há coisas na sociedade portuguesa incomparavelmente muito mais importantes que o futebol, que uma vitória ou uma derrota, que uma qualificação ou não para um Europeu ou um Mundial. Mas os portugueses que vão jogar por Portugal - repito, não gosto de lhes chamar jogadores - têm de saber para onde vão, ao que vão, porque vão e o que se espera deles. Por isso, quando a Federação Portuguesa de Futebol me contactou para ser treinador nacional, aquilo que senti em minha casa foi orgulho; do que me lembrei foi das centenas e centenas de pessoas que, no período de férias, me abordam para me dizerem quanto desejam que eu assuma este cargo. Isto levou-me, pela primeira vez na minha vida profissional, a decidir de uma forma emocional e não racional, abandonando, ainda que temporariamente, um projecto de carreira que me levou até onde me levou. Desculpem a linguagem, mas a verdade é que pensei: Que se lixem as consequências negativas e as críticas se não ganhar; que se lixe o facto de não ter tempo para treinar e implementar o futebol que me tem levado ao sucesso; por Portugal, eu vou! E é isto que eu quero dizer aos eleitos para jogar por Portugal: aí, não se passeia prestigio; aí, não se vai para levar ou retirar dividendos; aí, quem vai, vai para dar; aí, há que ir de alma e coração; aí, não há individualidades nem individualismos; aí, há portugueses que ou vencem ou perdem, mas de pé; aí, não há azias por jogar ou por ir para o banco; aí, só há espaço para se sentir orgulho e se ter atitude positiva. Por um par de dias senti-me e pensei como treinador de Portugal. E gostei. Mas tenho que reconhecer que o Real Madrid é uma instituição gigante, que me «comprou» ao Inter, que me paga, e que não pode correr riscos perante os seus sócios e adeptos. Permitir que o seu treinador, ainda que por uns dias, saísse do seu habitat de trabalho e dividisse a sua concentração e as suas capacidades era impensável. Creio, por conseguinte, que o feedback que saiu de Madrid e chegou à Federação levou a que se anulasse a reunião e não se formalizasse o pedido da minha colaboração. Para tristeza minha e frustração do presidente Gilberto Madail. Mas, sublinho, agora já a frio: foi e é uma decisão fácil de entender. Estou ao leme de uma nau gigantesca, que não se pode nem se deve abandonar por um minuto. O Real decidiu bem. Fiquei com o travo amargo de não ter podido ajudar a Selecção, mas fico com a tranquilidade óbvia de quem percebe que tem nas suas mãos um dos trabalhos mais prestigiados no mundo do futebol. Agora, Portugal tem um treinador e ele deve ser olhado por todos como «o nosso treinador» e «o melhor» até ao dia em que deixar de ser «o nosso treinador». Esta parece-me uma máxima exemplar: o meu é o melhor! Pois bem, se o nosso é Paulo Bento, Paulo Bento é o melhor. Como português, do Paulo espero independência, capacidade de decisão, organização, modelagem das estruturas de apoio, mobilização forte, fonte de motivação e, naturalmente, coerência na construção de um modelo de equipa adaptada as características dos portugueses que estão à sua disposição. Sinceramente, acho que o Paulo tem condições para desenvolver tudo isso e para tal terá sempre o meu apoio. Se ele ganhar, eu, português, ganho; se ele perder, eu, português, perderei. Mas eu também quero ganhar. No ultimo encontro de treinadores que disputam a Champions League, quando questionado sobre o poder dos treinadores nos clubes, ou a perda de poder dos treinadores face ao novo mundo do futebol, sir Alex Fergusson disse (e não havia ninguém com mais autoridade do que ele para o dizer!) que o poder e a liderança dos treinadores depende da personalidade dos mesmos, mas que depende muitíssimo das estruturas que os rodeiam. Clubes e dirigentes fragilizam ou solidificam treinadores. Eu transponho estas sábias palavras para a selecção nacional: todos, mas todos, neste país devem fazer do treinador da selecção um homem forte e protegido. E quando digo todos, refiro-me a dirigentes associativos, federativos e de clubes, passando pelos jogadores convocados e pelos não convocados, continuando pelos que trabalham na comunicação social e terminando nos taxistas, políticos, pescadores, policias, metalúrgicos, etc. Todos temos de estar unidos e ganhar. E se perdermos, que seja de pé. Mas, repito, há coisas incomparavelmente mais importantes neste país que o futebol. Incomparavelmente mais importantes¿ Infelizmente! Aproveito esta oportunidade para desejar a todos os treinadores portugueses, aos que estão em Portugal e aos muitos que já trabalham em tantos países de diferentes continentes, uma época com poucas tristezas e muitas alegrias. Ao Xico Silveira Ramos, manifesto-lhe a minha confiança no seu cargo de Presidente da ANTF.
Um abraço a todos. José Mourinho

David Cameron: a filha mais velha!



Espero que o noticiado a seguir, David Cameron esqueceu-se da filha mais velha num pub, nunca me venha a acontecer. Nem consigo ter qualquer juízo de valor sobre o caso. Ao projetar uma situação destas em mim, sou imediatamente possuído por uma sensação de pânico e terror que não me permite julgar quem quer que seja, pois custa-me a crer que qualquer pai tenha sentimentos diferentes.

Salva vidas da Lacoste?



Um casal de Cascais foi de férias para o Amazonas.
Estão no hotel e, para passar o tempo, resolvem alugar uma lancha e vão navegar para o rio.
Acontece que a embarcação bate num tronco, faz um rombo, e começa a meter água e a afundar-se.
Os jacarés que se encontravam na margem, ao verem aquilo, atiram-se imediatamente à agua...
Ela, ao ver aquilo, exclama para o marido:
"Oh, Bernardo!... Eu acho o máximo o Amazonas!... Já viu???... Para além do hotel ser super-estupendo e a lancha ser, imensamente, de todo!... Olhe os salva-vidas!... São da Lacoste!!!..."

Fora de Horas


Há pouco tempo encontrei uma amiga que foi protagonista de uma história que ainda hoje é das minhas preferidas que recordo, não com saudosismo, mas com esperança no futuro.

Contou-me essa amiga a sua experiência numa multinacional portuguesa e numa multinacional alemã, ambas a operar em Portugal. Depois de um estágio e de uma ou outra experiência, teve a oportunidade de integrar um projeto numa multinacional portuguesa, com crédito na praça e reconhecimento além fronteiras. Nessa altura, era raro o dia em que saísse antes das 20 horas. Era claro para todos que quem fosse cumpridor de horários era mal visto e punha em causa a sua progressão na carreira. Podiam ficar a ler o jornal, a jogar solitário ou a falar no messenger (na altura era o último grito). Podiam cumprir com a sua atividade do dia no horário previsto, mas saír a horas era mal visto. Os gabinetes ficavam cheios até tarde. 

Passado  alguns anos integrou um outro projeto numa multinacional alemã. Nos primeiros dias, com a vontade de mostrar trabalho e de estudar processos e a organização da empresa, e com toda a experiência trazida do projeto anterior, ficar até às 8 horas da noite era normal. Ganhava ainda tempo extra porque estava mais próxima de casa. Até que um dia o seu superior hierárquico vai ao seu gabinete e questiona-a sobre os motivos que a levam a estender tanto o seu horário. Depois de umas explicações lógicas, é-lhe dito que valorizavam muito a vida familiar porque esse equilibrio era fundamental para o bom desempenho e que teria que rever a sua atitude. Tinha que cumprir horários e, excecionalmente, poderia haver necessidade de algum tempo extra. Caso houvesse a necessidade de continuar com aquelas jornadas diárias, teriam que averiguar se o porblema estava relacionado com as atividades que lhe eram pedidas, pois poderiam ser em excesso e teriam que ter mais alguém ou se era o seu desempenho, e teriam que a ajudar de alguma forma a melhorar as competências. Esta amiga contava a história com um misto de alegria e de perplexidade, pois era-lhe dificil acreditar neste tipo de postura. Mas ainda hoje está nessa empresa, cumpre orgulhosamente horários e tem um brilho nos olhos quando fala no seu trabalho. Mesmo neste momento de crise, é um bom motivo para reflexão.

Relembrei-me desta história agora, devido a um estudo que foi realizado pela Universidade de Aveiro que afirma e demonstra que Portugueses têm boa capacidade de trabalho e por uma história semelhante, escrita por Alberto Castro, no JN em 2012-06-05 e intitulado Mandriões, que transcrevo de seguida:

"Há uns anos, um jovem licenciado português, a estagiar na Alemanha numa conhecida empresa daquele país, viu-se, sem querer, metido numa confusão. Tentando aproveitar ao máximo os nove meses que durava o estágio, ficava até mais tarde a adiantar o que lhe era pedido e a tentar descobrir como as suas competências poderiam ser úteis à empresa.
O horizonte não estava tão carregado quanto hoje mas um emprego numa multinacional reputada não era de enjeitar. Certo dia recebeu uma chamada aflita do segurança, ordenando-lhe que descesse imediatamente e apagasse a luz.
Ao sair, o que sabia de alemão deu-lhe para perceber que havia um problema com a Polícia ou coisa assim. Continuava sem entender o que tinha ele a ver com o assunto. No dia seguinte, mal se apresentou ao trabalho foi chamado ao gabinete do seu superior hierárquico que lhe determinou que, se queria manter o estágio, passaria a proceder como os seus colegas e saía de acordo com o horário.
Se fosse preciso fazerem horas extraordinárias alguém lho diria. Percebeu, então, que uma qualquer fiscalização teria visto luz no seu espaço de trabalho e indagara a razão junto do segurança: se teria havido descuido dele na ronda, deixando a luz acesa, ou se havia alguém a trabalhar e, nesse caso, em que contexto.
Fosse pela eventual multa, fosse, pura e simplesmente, pela violação da lei, a verdade é que a pessoa a quem reportava não tinha achado graça nenhuma ao seu excesso de zelo.
Um ou dois anos mais tarde, uma outra participante do programa Inov Contacto da AICEP estagiava numa multinacional de bioengenharia em S. Francisco. A sua atitude era a mesma: aproveitar ao máximo para aprender, cumprir escrupulosamente as tarefas que lhe estavam destinadas e, num mundo competitivo, tentar salientar-se na esperança de que tal pudesse gerar uma oferta de emprego.
Certo dia, ao chegar ao trabalho, tinha à sua espera a pessoa a quem reportava. Encaminhou-a para uma sala privada onde lhe anunciou que, a partir daquele dia, o seu correio electrónico passaria a estar vigiado e o seu comportamento seguido de perto. Se não estivesse disponível para aceitar essas regras, o estágio cessaria imediatamente. Inquirindo a razão para tão drástica decisão, foi-lhe respondido que era suspeita de espionagem industrial. Espantada, jurou que não. A resposta da americana foi muito simples: ninguém trabalharia tanto se não tivesse um incentivo adicional.
Passaram, talvez, uns 10 anos. A Alemanha e os Estados Unidos continuam a estar entre os países mais ricos do Mundo, não obstante o recente declínio relativo da economia americana. As suas empresas continuam a ser, internacionalmente, das mais competitivas, posição assente na capacidade inovadora e na elevada produtividade. Ainda que na última década tenha havido alterações institucionais e políticas que aproximaram o contexto alemão do americano, as diferenças continuam a ser substanciais. Ou seja, envolventes diferentes conseguem produzir empresas igualmente eficientes. Poder-se-á argumentar que, em ambos os casos, há uma orientação para esse objectivo, caminhos distintos mas um sistema igualmente finalizado. Uma parte da explicação estará, certamente, aí. Uma parte. E não a maior. Cavando mais fundo, vamos encontrar outros factores, desde o investimento e a investigação e de-senvolvimento até ao design, desde a qualificação da força de trabalho até à organização e ao sistema de incentivos. Factores que reflectem opções, escolhas para tentar fazer acontecer algo de diferenciador, que rompa com a inércia, que se afaste do que de outro modo ocorreria. Numa palavra, gestão.
Enquanto isso, por cá, o responsável por um dos maiores grupos nacionais proclama, perante jovens finalistas universitários, que naquela casa não há lugar para mandriões. Ninguém ali trabalha só 8 horas. Uma frase descontextualizada. Ainda assim perigosa. Oxalá o nosso problema fosse só de quantidade e não, sobretudo, de qualidade... A começar na gestão!"

a escola é um circo?


Seguindo ainda com o mote anterior, a primeira tentação é dizer que hoje, a escola é um autêntico circo. Notícias como estudantes vão poder ser expulsos da escola ou alunos e professores podem pedir para mudar os agressores de turma ou ainda tarefas a favor da comunidade para os alunos faltosos eram inevitáveis. Claro que há sempre quem diga que correspondem a uma visão salazarenta. A estes, deverá recordado o binómio liberdade/responsabilidade. Aparentemente, apenas a parte da liberdade parece ter evoluído, generalizando e correndo o risco de injustiças na análise. A autoridade dos professores é apenas uma figura de estilo e é um conceito Kodak: acabou e serve apenas para recordar. Assim, esperava-se que mais tarde ou mais cedo medidas como as anteriormente descritas aparecessem.

A questão aqui, é comparar com o circo. O circo não deve ser um forrobodó desorganizado e caótico. Tem que haver muita organização, treino e respeito. Imagino que haja respeito mútuo entre o leão e o domador que mete a cabeça na sua boca. Imagino as horas de trabalho e a disciplina necessárias para um trapezista dar os mortais a alguns metros de altura. Percebi um pouco melhor esta realidade com este livro Cirque du Soleil: a chama da criatividade.

Acredito que a disciplina e o número mágico do sucesso, como se pode ver no texto seguinte 10000 horas para o sucesso são fatores essenciais para a melhoria da nossa sociedade e da qualidade de vida individual e coletiva. Se quisermos um exemplo popular, temos o Cristiano Ronaldo, um trabalhador incansável que só atingiu este nível pelas suas muitas horas de esforço e dedicação. Só assim se pode alcançar o desígnio defendido pelo Presidente da República que nos diz que é através do empreendedorismo e da inovação que Portugal pode melhorar a sua competitividade e subir na escala de valor, recusando o caminho dos salários baixos. Finalmente apareceu com uma mensagem positiva! Já era tempo!

Claro que para que a inovação e o empreendedorismo tenham condições para acontecer, é necessário conhecimento, experimentação e focalização em objetivos. Espero que com este estatuto do aluno, melhorem as condições e os resultados. Seja no futebol, no circo, na ciência, economia ou medicina, que haja competência, criatividade e gosto no que se faz! Haja alegria e boa disposição!

C'um caneco! O circo da seleção!

Manuel José e o circo

Manuel José é um treinador de sucesso. Acredito que saiba preparar bem uma equipa e como coordenar o estágio. Sempre deixou no ar o seu desejo de ser, um dia, selecionador nacional. Tenho tendência a concordar com as suas criticas. No entanto, estas criticas são aceitáveis num café a ver o jogo com a Macedónia e a Turquia e a comer uns tremoços e beber uns finos, mas não são tão aceitáveis por parte de um profissional com a categoria inquestionável do Manuel José. Principalmente a poucos dias de começar o Europeu. A seleção é um circo! Até porque me parece que esta situação não assume grandes novidades relativamente a campeonatos anteriores.

Concordo que houve exageros na festa. A partir de um certo momento foi um forrobodó. Mas penso que se foi estratégico, pois vários jogadores tiveram épocas intensas, deve-se esperar pelo resultado. Agora, nem Manuel José poderia assumir a seleção. Assim, independentemente de tudo, resta-nos apoiar a seleção, desejar que vá o mais longe possível e no final fazer o balanço que falta em muitas ocasiões. Nessa altura deve-se perceber o que aconteceu de positivo e de negativo e retirar as ilações devidas e as devidas consequências.

O caneco

Considero que estas derrotas podem ter sido positivas. Fizeram baixar a água na fervura. Este é provavelmente, o único campeonato dos últimos 20 anos para o qual partimos sem ser vencedores à partida (embora ainda haja alguns que o afirmam). É também uma das seleções mais fracas dos últimos anos, pois faltam jogadores em lugares chave, sendo o maior problema o 10 de Deco e Rui Costa. Espero que a semana que passam na Polónia antes do campeonato seja suficiente para assegurar níveis de concentração elevados. Espero que os últimos resultados tenham sido suficientes para proporcionar uma dose de humildade que resulte em empenho total das nossas vedetas. É importante ganhar alguns jogos, mas mais importante é sair de cabeça erguida, com a consciência que, independentemente dos resultados, todos sem exceção deram o litro. Se isto acontecer, acredito que sejam bem recebidos. Na nossa reconhecida bipolaridade, têm que estar preparados para serem heróis ou vilões. Parece que apenas podem almejar a uma destas duas classificações: herói ou vilão! besta ou bestial! 8 ou 80! Portanto, dediquem-se e mostrem empenho!

Os outros

É importante não esquecer que existem outros. E que outros! Meteram-nos num grupo em que os outros já foram campeões europeus. No último Mundial ficaram em terceiro e segundo. Ainda por cima, meteram ao barulho mais um que nos venceu na última campanha de apuramento. Não são apenas os arrogantes alemães. Não são apenas os simpáticos holandeses. Há os dinamarqueses. Ninguém fala deles, mas seria bom tê-los em conta. É, de facto, um grupo bem complicado. Passar esta fase seria um grande resultado. Felizmente, poucos nos colocam nos favoritos, o que pode ser  interessante pois afeta o ego de muitos destes jogadores/estrela e pode ser um fator motivacional extra, pois estar fora dos favoritos deve ser difícil de assimilar. Que provem em campo que não se devem esquecer deles. Só têm que provar em campo que são melhores. Temos que provar que há mais nesta seleção do que apenas garganta.

Vou fazer um esforço para apoiar a seleção de início ao fim. Mas este apoio depende também do desempenho da seleção. Mais do que resultados, o meu empenho no apoio está dependente do empenho da seleção em cada jogo. 
FORÇA PORTUGAL!
ATÉ OS COMEMOS!

José Peseiro e o Braga

Estou curioso em ver o que vai fazer José Peseiro no Braga. Sempre achei que era um bom treinador. Neste século deve ter sido o treinador que melhores resultados trouxe ao Sporting mas os restantes projetos não alcançaram os resultados esperados. Tem agora uma oportunidade de ouro num clube que lhe proporciona condições para ter sucesso. José Peseiro no Braga!

uma casa por 1 euro?

Haja criatividade para resolver o problema de certas zonas das cidades com zonas antigas e com alguma história. Ao ver a notícia casa à venda por um euro, pareceu-me uma forma bem interessante de colocar a sociedade civil a resolver os problemas e revitalizar zonas que, de outra forma e a preços de mercado, dificilmente seriam atrativas. Até porque o investimento que teria que ser feito na recuperação, existiria na mesma se a casa fosse vendida a preços de mercado. Não conheço o caso concreto, mas há muitos casos assim. A questão é que o preço é feito como se no imóvel houvesse todas as condições para habitar. Na maioria dos casos, o que se compra é o terreno, o espaço. Tudo o resto tem que ser feito. Demolido! Reconstruido! Sabe-se que, regra geral, é mais fácil construir de novo do que reconstruir e tem menos custos.

Parece-me uma boa solução para resolver estes problemas. Claro que se pode apontar o dedo a muitas coisas. Não é a solução perfeita. Mas não consigo dar a receita para a solução perfeita. Enquanto a perfeição na resolução destes problemas não surge, gostaria que em Coimbra se pudesse estudar alguma solução parecida.

Gostava também que houvesse a coragem de retirar a casa a quem a comprou, caso a recuperação e as obras não avancem. A ver vamos, como diz o cego!

Dia Mundial da Criança

Fico por aqui, ou vou apanhar água?

No Dia Mundial da Criança, um texto para nós, Pais!

AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVEM

SE A CRIANÇA VIVE COM CRÍTICAS,
APRENDE A CONDENAR.

SE A CRIANÇA VIVE COM HOSTILIDADE,
APRENDE A AGREDIR.

SE A CRIANÇA VIVE COM ZOMBARIAS,
APRENDE A SER TÍMIDA.

SE A CRIANÇA VIVE COM HUMILHAÇÃO,
APRENDE A SE SENTIR CULPADA.

SE A CRIANÇA VIVE COM TOLERÂNCIA
APRENDE A SER PACIENTE.

SE A CRIANÇA VIVE COM INCENTIVO,
APRENDE A SER CONFIANTE.

SE A CRIANÇA VIVE COM ELOGIOS,
APRENDE A APRECIAR.

SE A CRIANÇA VIVE COM RETIDÃO,
APRENDE A SER JUSTA.

SE A CRIANÇA VIVE COM SEGURANÇA,
APRENDE A TER FÉ.

SE A CRIANÇA VIVE COM APROVAÇÃO,
APRENDE A GOSTAR DE SI MESMA.

SE A CRIANÇA VIVE COM ACEITAÇÃO E AMIZADE,
APRENDE A ENCONTRAR AMOR NO MUNDO.

Dorothy Law Nolte