21 receitas para pôr regras no seu filho



1. As crianças necessitam de regras − coerentes, constantes e claras − sejam elas trazidas pela mãe ou pelo pai.

2. As regras da mãe e do pai, para serem saudáveis, não podem ser (milimetricamente) iguais. Precisam de zonas de tensão, climas duma certa aragenzinha do género: “Querem lá ver que me está a desautorizar...” e de muita manha das crianças: quer quando falam para dentro e, duma forma angélica, presumem que se o pai não disse que não (mesmo que não tenha conseguido discernir a pergunta) é porque está de acordo com ela, quer quando dizem à mãe (tipo cachorro abandonado): “Eu queria uma coisa... mas tu não vais deixar...” (que, depois de repetida três vezes, faz com que qualquer mãe diga “Sim!!!!!!” seja ao que for). Para serem saudáveis, as regras da mãe e do pai não têm que ser um exemplo de unicidade. Precisamente, unicamente, de encontrar nos gestos de um e do outro um mínimo denominador comum.

3. As regras dos pais, ao pé das dos avós, têm sempre “voto de qualidade”. Que as regras dos avós sejam açucaradas é bom; até porque traz contraditório a alguns excessos dos pais. Que em presença de um dos pais, valham as regras dos avós, não há melhor incentivo à confusão.

4. Para as regras dos pais serem apuradas, eles precisam de esgotar, de vez em quando, as quotas de parvoíce a que todas as pessoas têm direito. Pais que nunca se enganam podem ter como aspiração ser bons governantes... Mas são maus pais.

5. Todos os pais, de coração grande, têm (por isso mesmo) a cabeça quente. Exageram, portanto, algumas vezes. Mesmo quando, duma forma ternurenta, mandam as crianças de quarentena para o quarto para pensarem nas asneiras que fizeram (que, à escala do crime económico, vale tanto como desterrar um infrator nas Ilhas Caimão para reconsiderar sobre tudo aquilo que subtraiu à margem da Lei).

6. As regras não se explicam, não se negoceiam nem se justificam. Muito menos, constantemente. Explicação será exceção. A baliza de referência para todas as regras serão os comportamentos dos pais: não é credível que os pais exijam aquilo que eles próprios, um com o outro ou com terceiros, não façam, regularmente.

7. As regras exigem-se. Não se solicitam. E essa exigência deve fazer-se de forma firme e serena.

8. Às regras não se pode chegar depois de muitas ameaças, admoestações ou avisos. E, muito menos, com decibéis em excesso ou na companhia dum olhar assustado por parte dos pais. Se fosse assim, os pais exigiriam serenidade e bom senso com a boca e alarmismo, inflamação e ira, com o seu olhar (ora hostil ora assustado). E, num caso desses, as crianças assustar-se-iam e, em função disso, tenderiam a reagir como um animal encurralado...

9. Autoridade é um exercício de bondade. Exercê-la a medo é pedir desculpa por ser bondoso.

10. Depois duma criança ser avisada duas vezes, as regras dos pais têm de se cumprir. Isto é, têm mesmo de ser levadas a efeito. Ora, se os pais avisam e não cumprem, se avisam e reagem a uma falha com mais avisos, ou se avisam e, de seguida, são desmedidos no exercício da sua justiça, tudo fica confuso e inconsequente.

11. Os pais não podem zangar-se como quem promove pagamentos por conta. Na versão do velho Oeste isso significaria: dispara primeiro e pergunta depois. Isto é: não podem zangar-se por antecipação, na esperança de que isso promova a justiça. E não podem, diante duma mesma infração, hoje, zangarem-se e, amanhã, nem por isso. Porque, ao acumularem zanga, deixam passar situações que precisariam de ser claramente repreendidas para que reajam, mais tarde, diante doutras quase insignificantes. À escala da política tributária, isso significaria zangas com juros de mora. E ninguém consegue ser justo cobrando juros sobre juros a quem quer que seja...

12. Sempre que os pais se sentem muito magoados diante dum qualquer ato dum filho, estão proibidos de reagir num impulso. É melhor parecerem vacilar em tempo real e, depois da mãe e do pai conferenciarem, mais logo, ao jantar, a coima ser clara e inequívoca.

13. A regra será: sempre que o comportamento dos filhos magoe os pais eles estão obrigados a reagir. Sempre! Magoar os pais e não ter − numa repreensão, num castigo, ou numa palmada no rabo, excecional − uma forma de sinalizar o mal que se faz aos pais, através, da dor, como um interdito, é acarinhá-lo, por omissão. No entanto, nenhuma criança se torna má sem que os pais - por aflição, por exemplo - não promovam, sem querer, várias maldades. 

14. Atribuir-se a culpa dos atos duma criança ao outro dos pais ou aos avós, por exemplo, é uma forma de fugir à responsabilidade. Em caso de dúvida em relação às regras da mãe e do pai, ou dos pais e dos avós, todas as crianças elevam a fasquia das asneiras, na ânsia de verem os pais, sempre que elas passam por um nível seguinte, a conseguirem ser justos.

15. Diante das asneiras das crianças, vale pouco que os pais abusem nos castigos. Se os castigos forem ocasionais e adequados à infração, nada se perde. Se forem desmedidos ou repetidos são insensatos. Na verdade, sempre que os pais dominam a situação, em tempo real, os castigos deixam de ser precisos logo que os pais passam de verde para amarelo.

16. Se os pais exercem a autoridade a medo, assustam. Pais assustados, tornam as crianças assustadiças. Isto é, capazes de reagir de forma desafiante sempre que se sentem encurraladas entre os seus medos e os medos dos pais.

17. Se os pais exercem a autoridade de forma pesada e deprimida, assustam, também. Porque à tristeza contida dos pais chama-se hostilidade. E essa hostilidade, associada a um ralhete, onera uma repreensão com sobretaxas que se tornam enigmáticas (e injustas) para as crianças.

18. Se os pais, em vez de se zangarem, ameaçam que ficam tristes, estão a dizer às crianças que elas os magoam (e isso, regra geral, elas já sabem). E, claro, que são de porcelana, quando se trata de as proteger e reagir. Pais deprimidos são, por isso mesmo, mais abandónicos do que parecem. São amigos do queixume, mas pouco pais, portanto.

19. Se os pais não se zangam mas amuam, estão a fazer duma família uma escola de rancores. Rancor é ressentimento e ira, numa relação de dois em um. E isso torna os pais mais assustadores do que quando se esganiçam e exageram.

20. Por tudo isto, é claro que por trás duma criança difícil está um adulto em dificuldades. Mas por trás duma outra exemplar estão pais mais ou menos tirânicos. Da mesma forma, por trás duma criança certinha está alguém mais ou menos assustado que, por exigências exageradas, ainda não pôde experimentar que a função fundamental dum filho é pôr problemas aos pais.

21. A autoridade é um exercício de bondade. Aceita-se quando nos chega pela mão de quem nos ama ou das pessoas que admiramos. Mesmo que as crianças, num primeiro momento, a desafiem, que é uma forma de, por cada não (“não me doeu”, “não ouvi”, e assim sucessivamente) afirmarem (que ela só tem sentido) duas vezes. Seja como for, a autoridade pressupõe sabedoria, bondade e sentido de justiça. E nenhuma criança, nenhuma mesmo, a rejeita. Mesmo que ela chegue mediada por alguma dor. Ninguém aprende sem alguma dor. 
Como eu gosto dizer, a dor é o sal da sabedoria.


Escrito por Eduardo Sá in [Pais e Filhos]:

Discurso de despedida do presidente da Coca-Cola, Bryan Dyson


Não tenho a certeza se é mito ou real, mas sei que, de quando em quando reaparece nos meios digitais. Todavia, sempre que o recebo, leio com atenção e volto a pensar que gostava de escrever este texto. Independentemente da sua origem, vale a pena ler.
“Imagina a vida como um jogo em que estás a fazer malabarismos com cinco bolas no ar. Estas são: o Trabalho – a Família – a Saúde – os Amigos e a Vida Espiritual. Terás de mantê-las todas no ar.
Vais perceber rapidamente que o Trabalho é como uma bola de borracha. Se a soltares, ela ressalta e volta.
Mas as outras quatro bolas: Família, Saúde, Amigos e Vida Espiritual, são frágeis como vidros. Se soltares qualquer uma delas, ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebrada, o que significa que nunca mais voltará a ser a mesma.
Devemos entender isto: temos que apreciar e fazer um esforço para nos conseguirmos focar no mais valioso.
Trabalha eficientemente no horário previsto do escritório e deixa o trabalho no escritório. Dá o tempo merecido à tua família e aos teus amigos.
Faz exercício, alimenta-te e descansa bem. E sobretudo… Cresce na tua vida interior, na espiritual, que é o mais transcendental, porque é eterno.
Shakespeare dizia: “Sinto-me sempre feliz, sabes por quê? Porque não espero nada de ninguém. Esperar causa sempre dor. Os problemas não são eternos, têm sempre solução.
O único que não se resolve é a morte. A vida é curta, por isso, ama-a!
Vive intensamente e recorda:
Antes de falares… Escuta!
Antes de escreveres… Pensa!
Antes de criticares… Examina!
Antes de ferires… Sente!
Antes de orares… Perdoa!
Antes de gastares… Ganha!
Antes de te renderes… Tenta de novo!
ANTES DE MORRERES… VIVE!

Gostava de ter feito este discurso. Mais ainda, gostava de o aplicar de forma irrepreensível.
Apesar de entender, compreender e concordar, o estado Zen é quando a bola de Borracha, o Trabalho se mistura de tal forma com as outras que ganha algumas características do vidro.
Por outro lado, quando a Família, a Saúde, os Amigos e a Vida Espiritual, ganham características de borracha, tornando-se menos permissíveis a qualquer queda, e permitindo que ultrapassemos mais facilmente os problemas que, provavelmente, vão aparecendo em cada uma das áreas. 
Cada um tem as suas prioridades, mas gosto de pensar como Confúcio, quando nos dizia: "Escolhe um trabalho que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida." 
Definir bem as prioridades e deixar o trabalho fora de casa deve ser fantástico.
Fundir as diferentes bolas numa única, deve ser absolutamente celestial.

Os 10 países mais "GORDOS" do planeta

Os 10 países mais "GORDOS" do planeta são:


1.º Estados Unidos da América, com 78 milhões de pessoas, ou 33% da população adulta "gorda"!
2.º China, com 46 milhões de pessoas, ou 4,4% da população adulta "gorda"!
3.º Índia, com 30 milhões de pessoas, ou 3,8% da população adulta "gorda"!
4.º Rússia, com 28 milhões de pessoas, ou 24,1% da população adulta "gorda"!
5.º Brasil, com 22 milhões de pessoas, ou 16,2% da população adulta "gorda"!
6.º México, com 20 milhões de pessoas, ou 26,9% da população adulta "gorda"!
7.º Egipto, com 18 milhões de pessoas, ou 35,9% da população adulta "gorda"!
8.º Alemanha, com 16 milhões de pessoas, ou 24,3% da população adulta "gorda"!
9.º Pakistão, com 14 milhões de pessoas, ou 13,6% da população adulta "gorda"!
10.º Indonésia, com 11 milhões de pessoas, ou 6,8% da população adulta "gorda"!
de acordo com [Business Insider]

Neste caso, e de acordo com os critérios seguidos, relacionado com o número de obesos, os portugueses podem enfardar à grande e à francesa (conceito desenquadrado com estes rankings), que não chegarão ao Top10. 

Aliás, fazendo futurologia, arriscava dizer com elevado grau de certeza, que nem no final de 2020, final do ciclo de financiamento comunitário, Portugal entrará neste Top10.