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Uma praxe de alto nível

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Fonte: naturlink.sapo.pt

Com estas praxes até eu teria praxado... esta é uma ideia que eu gostaria de ter tido:

"Caloiros de biologia em Aveiro recebem carvalhos para plantar como praxe


Caloiros de Biologia da Universidade de Aveiro (UA) receberam carvalhos para tratar em casa como praxe, com a obrigação de os plantar na Mata do Buçaco no Dia das Florestas Autóctones, informou hoje a instituição de ensino superior.
No âmbito da iniciativa, que pretende estimular a ligação à Natureza entre os futuros biólogos e professores de Biologia e Geologia, cada um dos novos estudantes tem também mas mãos uma bolota que terá de semear e fazer germinar, para que sejam os caloiros do próximo ano a plantar a árvore.
O projeto batizado de "Biologia a Plantar o Futuro" nasceu no ano passado pela mão da Comissão de Faina de Biologia, em parceria com a Unidade de Vida Selvagem da UA, o Herbário do Departamento de Biologia e a Fundação Mata do Buçaco, e faz parte da receção aos novos alunos daquele departamento, segundo um comunicado da Universidade.
Pelo segundo ano consecutivo, e desta vez com a participação da Comissão de Faina de Biologia e Geologia, a iniciativa quer continuar a ajudar a reflorestar a Mata Nacional do Buçaco que por ação do forte temporal de janeiro de 2013 perdeu cerca de duas mil árvores.
Em 23 de novembro, Dia da Floresta Autóctone, cada um dos estudantes vai plantar o seu "carvalho bebé" na Mata Nacional do Buçaco.
"À semelhança do ano passado, foi entregue um pequeno carvalho a cada um dos caloiros, para eles tomarem conta até à plantação", explica Milene Matos, bióloga da UA e criadora do Serviço Educativo da Fundação Mata do Buçaco, citada no comunicado da Universidade.
"Os grandes objetivos desta iniciativa, ao proporcionar aos novos alunos o contacto direto com uma ação de conservação, são os de lhes aumentar o sentido de ligação ao mundo natural, fomentar-lhes a responsabilidade perante o património natural e o espírito de missão, demonstrando-se que cada ação individual conta", relata a bióloga vencedora do prémio internacional Terre de Femmes 2015 com o projeto BIO Somos Todos, que chamou a si a logística e o pagamento do transporte dos alunos até à mata para plantarem as árvores.
A escolha do carvalho-alvarinho, para planta adotiva, não foi feita ao acaso. Por um lado, aponta a bióloga, "é uma espécie relativamente resistente e, por isso, aguenta o tempo que os alunos a tiverem em casa". A segunda razão da escolha é pedagógica: "O carvalho-alvarinho é uma das espécies da nossa floresta original, sendo já raras as manchas de carvalhal bem conservadas".
Pela primeira vez serão entregues aos caloiros bolotas que terão de semear e fazer germinar.
"As árvores dos caloiros do próximo ano serão o resultado dessa germinação", antevê Milene Matos."
Ler original em: Sol

Os selvagens!




No domingo, depois de arrumar a cozinha, em vez da habitual paragem no sofá para fazer zapping pela deprimente televisão nacional (ao domingo à tarde) decidi que haveria de ir levar a reciclagem ao centro da vila do Luso.
Esquecendo-me de que era domingo, depois de “despejada” a reciclagem no seu devido lugar, decidi que iria à Fonte de São João encher cinco garrafões de água, apenas cinco.
Ao leitor do Luso passo a explicar as razões porque fui à fonte buscar água (não é muito habitual ver por lá alguém do Luso):

1º - a água de minha casa é de furo e prefiro beber a da fonte (questões de segurança);
2º - é mítico o gesto de ir à fonte buscar água;
3º - curiosidade em apreciar a fonte num domingo à tarde.

Não era verão, mas o tempo estava ameno.
Cheguei com os meus cinco garrafões na mão e havia… FILA!

CONSTATAÇÕES:
1.       Eram imensos os rótulos espalhados pelo chão e presos nas grades por onde escorre a água;
2.       As pessoas acotovelavam-se para encher mais garrafões que o vizinho e havia mesmo quem estivesse com garrafões em três bicas. Ou seja, duas mãos a controlar três garrafões a encher de cada vez;
3.       Os garrafões vazios que estavam à espera de encher (à exceção dos meus) eram de todas as marcas menos do Luso ou do Cruzeiro. Reinava Mini-Preço, Continente e Pingo Doce;
4.       O que mais se ouve é: “Leva, leva! Ali, ali… corre! Vai ao carro, mas vai depressa e volta para buscar mais!”

Embora estagnado, perplexo e até um pouco anestesiado com tamanha insensatez, continuei impávido e sereno a assistir à “comédia” até que fui “ultrapassado”. Do alto dos seus sapatos altos e das suas gangas justas. A senhora que desceu as escadas apressadamente, em jeito de corrida, olhando para trás e dizendo ao marido barrigudo e de bigode que corresse, não viu a fila, não respeitou a espera dos outros e com sorrisinho malandro (à tuga) esgueirou-se para a bica que há 2 segundos tinha ficado livre. A bica que era (ou ia ser) minha!
O cúmulo: olhou para mim, de alto a baixo. Virou a cabeça ao chão. Não satisfeita, voltou a olhar para mim e de novo o sorrisinho malandreco a dizer-me: “fui espertalhona!”
A isto apenas consegui abrir a boca e responder: “nunca viu um fato de treino com um homem lá dentro?”

Fiquei incrédulo. O senhor de bigode lá chegou. Esperou que os garrafões enchessem. Arrancou o resto de um rótulo que já estava pendurado, deitou-o ao chão e acartou com os garrafões. Os saltos altos seguiram-no, não sem antes voltar a dar o sorrisinho maroto ao tipo de fato de treino: “fui espertalhona!”


Enchi os meus garrafões e no caminho para casa vinha a pensar em ideias (perigosas) para solucionar tamanha insânia na fonte de São João, no Luso. Aqui ficam algumas dessas ideias (perigosas ou estúpidas):

1.       Criar um cerco à fonte e colocar um fiscal que atribuiu senhas aos “esfomeados por água” e um número mínimo de garrafões a encher. Mas, quem pagaria este senhor? A junta, a câmara, os parquímetros que não existem nos estacionamentos que circundam a fonte, etc…
Este mesmo fiscal aplicaria multas a quem deixasse rótulos no chão ou garrafas e garrafões abandonados…
2.       Libertar duas bicas (as das pontas, por exemplo) para que os turistas possam encher a sua garrafa e/ou beber água na palma da mão;
3.       Obrigar os “esfomeados por água” a receberem cinco minutos de formação de boas maneiras, valores e boa educação.

Esta última será, sem dúvida, a mais necessária, mas aquela que deveria também ser a mais dispensável, porque afinal de contas todos devemos ir adquirindo, à medida que crescemos, boas maneiras, valores e boa educação.
As ideias são perigosas, mas alguma coisa há a fazer naquele local. Quem tiver ideias melhores que as apresente e as implemente.
A grande conclusão que tirei, e com efeitos imediatos a partir de agora: seja verão ou inverno, ir buscar água à Fonte de São João, no Luso, para beber em casa, nunca ao domingo e sempre depois das 20h.
Para ver selvagens, escolho outro sítio!