fim de semana de rituais



Sempre gostei de rituais.
Seja no futebol, na universidade, nas associações ou profissionalmente, considero que os rituais obrigam a alguma organização e a marcar a importância de certos momentos.
Este fim de semana, foi um fim de semana de rituais!
No sábado à noite, na merecida homenagem ao comandante Felgueiras, eu e a C. fomos ao jantar, para dar aquele abraço a alguém que tem sido presença nas nossas vidas desde crianças. Não sabendo nós que seria um jantar dos Lions, e imaginando que seria um jantar com diversas pessoas da comunidade local, fizemos a nossa inscrição. Acabámos por ser dos poucos que não pertencíamos à realidade ali presente. Mas foi uma oportunidade única de acompanhar e observar os rituais que têm. A solenidade e a formalidade estiveram presentes. Gostei de assistir a este jantar, com os olhos de quem está a ver por fora. Ainda houve uma situação que acrescentou interesse ao jantar em si: estávamos a jantar na pista do "outro mundo", e estava a imaginar que, de repente, pudesse ser feita a abertura da pista, com fumo e luzes psicadélicas, como era feita há 20 anos atrás, e eu estava presente naquele espaço como frequentador de discoteca, e não tanto em jantares de homenagem. Embora fosse um jantar comum para os elementos da organização, para mim era um jantar do outro mundo, na pista do outro mundo. Provavelmente diz algo sobre o meu estado: passei do outro mundo a bombar, para o outro mundo a manjar. Sinal dos tempos! Foi também positivo encontrar algumas pessoas que não via há muitos anos. O que também era frequente acontecer no antigo conceito do outro mundo.

No domingo, foi dia de ir a Fátima. É sempre emocionante poder estar num ambiente espiritualmente intenso, e em que se observa tanta fé e devoção.
Passámos pelos sítios tradicionais, vimos alguns dos rituais habituais, e viemos revigorados espiritualmente falando. Apesar de irmos sempre em alturas em que não há tanta gente presente, o que permite usufruir de outra forma deste espaço, foi interessante ir com os sítios cheios, porque se consegue ter uma maior percepção da quantidade de pessoas que partilha determinados valores.
No final, o tradicional piquenique, que se está a tornar numa tradição. O D. sabe que se não houver outros piqueniques durante o ano, pelo menos na ida a Fátima, há um.

Agora, fico a aguardar novas oportunidades para assistir a outros rituais (religiosos, desportivos, culturais, entre outros)!

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