Ricardo Carvalho - o inimputável

O que é que te aconteceu Ricardo?!?!
Depois de uma carreira exemplar, de demonstrar tranquilidade, serenidade e paz de espírito, vens borrar a pintura? Vens dar cabo de uma imagem  que demorou quase tantos anos quanto dura uma carreira a construir?
Podias sair pela porta grande, depois de uma carreira de sucesso, com os jogos de despedida, com flores e ovações e, repentinamente, pára-te o cérebro! Sais sem honra, nem glória. Está bem, com os bolsos cheios, mas se pudesses juntar a honra e glória, serias mais feliz.
Se fosse caso de polícia, diria que qualquer advogado já estaria a pensar em orientar o caso para questões de loucura temporária. Serias inimputável. O problema é que, como podemos ver aqui, já é uma situação repetida. Lá se ia o argumento da loucura temporária!
Não podes ser como o menino que é o dono da bola, e sai e leva a bola consigo, quando as coisas não lhe agradam. Mas com os valores e o negócio que estão envolvidos no futebol, não pode haver lugar para birras: http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1509959. Claro que estás no ocaso da tua carreira (tão bonita, esta frase). Mas uma carreira de sucesso, vai ficar marcada de forma bem vincada por esta atitude. Felizmente, a recuperação do estado de loucura temporária, deu-se rapidamente e houve o anúncio da renúncia à seleção. É que enquanto lá estiver o Paulo Bento, e se depender apenas dele  http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1510169, estou convencido que nem no mocho te sentas. Eu, pessoalmente acredito que o Paulo Bento vai ficar por lá até depois de teres acabado a carreira. É sinal de bons resultados da seleção.
Considero lamentável que esta situação tenha ocorrido, principalmente por seres um daqueles jogadores que não tem semelhança com a maioria dos jogadores. No bom sentido. Ou seja, a ponderação, tranquilidade, diria até uma certa humildade que te reconhecia, pois apesar do estrelato, estavas sempre disponível e sem grandes tretas para falar com os jornalistas e, através deles, para quem te admira, foi por água abaixo.
É caso para dizer, pensem num desejo, pois está aí uma estrela cadente.  

6 comentários:

Miguel Tomás disse...

Viva Pedro

O que aconteceu?
O que passou pela cabeça deste rapaz?
Quem o terá influenciado?
Onde foi buscar a motivação para fazer isto?
Enfim, porquê?

Era um dos jogadores da nossa selecção que admirava pela postura, simplicidade, espírito colectivo, dedicação, clarividência com que manifestava as suas opiniões...tantos argumentos para sair pela porta grande e com um trajecto de que se poderá orgulhar (talvez orgulharia!!!).

Não deveremos perder muito tempo para tentar encontrar uma explicação, não vale a pena. Mas que é triste lá isso é.

Um Forte Abraço

Vitor Manuel disse...

Foi o Pinto da Costa, que não gosta mesmo de nada seleção Nacional.

LUIS FERNANDES disse...

Bom gosto, companheiro destas lides de "escrevinhar no éter. Parabéns pelo blogue. Já o recomendei aos meus "clientes. http://questoesnacionais.blogspot.com/2011/09/um-colega-que-pede-uma-visita.html

Abraço e que a mão não lhe trema na hora de descarregar o desabafo.
Luís Fernandes

Pedro Paiva disse...

Viva Miguel!
Completamente de acordo! E com pena de perder jogadores de referência de uma forma tão estranha!
Mas o mais importante é que fiquei imensamente contente de te ver de novo por aqui. Assim, vamos podendo trocar umas opiniões e mantendo o contato!
Espero que esteja tudo bem contigo!
Abraço!

Pedro Paiva disse...

Viva Vitor,
Concordo consigo de uma forma completa e inquestionável: independentemente do assunto, ou do tema, o Pinto da Costa é o culpado!
Acidentes na estrada? o culpado é o Pinto da Costa;
Recessão económica? o culpado é o Pinto da Costa;
Perdi o emprego? o culpado é o Pinto da Costa;
Tenho dividas? o culpado é o Pinto da Costa;
Assim, podemos sempre dizer "a vida é bela, o Pinto da Costa é que dá cabo dela!"
Abraço

Pedro Paiva disse...

Viva Luís,
Muito obrigado pelo destaque. Sou um leitor atento das suas questões!
Muitas são ponto de partida para reflexões!
Espero que continue a dar o seu exemplo e não se canse de pôr dedos nas feridas, como tantas vezes e tão bem o faz.
Abraço