Nas análises futebolísticas a crueldade tem uma presença constante, mesmo que inconsciente. Os adversários, são ainda mais cruéis. Pegam num ponto fraco e salientam até à exaustão.
Esta análise feita a homens do futebol que têm uma posição em que a força mental tem que estar a níveis muito altos, os guarda-redes (GR), faz pensar sobre aspetos que não nos lembramos habitualmente: Os GR são pessoas. Os GR têm uma vida para além do futebol.
No futebol, só vejo uma figura mais propensa a arcar com as culpas do que o guarda-redes, o árbitro.
A reportagem feita pelo I, Quem é que defende o guarda-redes quando o adversário é uma depressão?, é excelente pela capacidade que tem de nos mostrar o futebol por outra perspetiva. Claro que no decorrer do campeonato não quero saber muito sobre estas perspetivas. O futebol é um espetáculo, e o meu interesse é nos elementos do espetáculo enquanto artistas. Quando passamos para a esfera pessoal, pode mostrar situações que não são compatíveis com o espetáculo. No entanto, visto que o futebol e o desporto em geral são uma fonte de ensinamentos nas diversas áreas da nossa vida, é bom que de quando em quando apareçam estas análises para nos fazer refletir sobre o acessório e o essencial.
Depois desta reportagem, não consigo imaginar o inferno que deve ter sido a vida do Roberto na última época. Deve ter passado as passas do Algarve.
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