A
minha intenção não será a de encontrarmos semelhanças e/ou diferenças entre
chefe e líder ou chefia e liderança. Se são sinónimos ou antónimos. Se é
possível ser chefe sem se ser líder ou ser líder sem ser chefe. Seria como
tentar perceber quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha.
Por
isso, comecemos com o estudo da origem das palavras: chefe, deriva do francês chef, que por sua vez deriva do latim Caput, que significa cabeça, ou seja,
aquele que encabeça determinada função, que tem responsabilidade por…
Líder
tem origem na
palavra inglesa leader, que significa
liderar/chefiar – Por sua vez a origem é germânica, na palavra Laithjan, precisamente com o significado
Chefiar.
Tendo em conta esta
explicação, e muito embora a grande parte de nós saiba que não é bem assim, um
chefe deveria ser um líder!
Então
porque não o é?
Durante
muitos anos, a Liderança foi estudada
como sendo algo inato ao indivíduo. Determinado indivíduo é líder porque
tem características de personalidade para o ser e que já nasceram com ele –
ideia defendida pela Teoria dos Traços
– Gordon Allport, na década de 60,
do século passado foi dos investigadores que mais estudaram esta teoria. E há
hoje ainda quem partilhe (e bem) das ideias desta teoria, por isso leia-se:
“A
chefia é um método, a liderança é um dom” – Meiri Tavares (Designer)
Contudo,
atualmente percebe-se também que a
liderança depende da aprendizagem social. É passível de ser aperfeiçoada,
de ser trabalhada, pressupondo-se que todos nós temos um líder dentro de nós. Um
líder não depende de si só! Um líder depende do grupo! Depende do contexto que
o envolve, em que está inserido!
E
que características deve ou pode ter um líder?
Deve
sobretudo, entre muitas outras características, saber elogiar (orientar, coordenar, motivar, e a motivação é tanto, senão
mesmo tudo para que se consigam atingir os objetivos) e criticar!
Criticar?
Como assim? O líder deverá sempre fazer uma crítica ao trabalho desempenhado
pelo liderado, mas a crítica deve ser construtiva.
“O líder fala com
paixão, as pessoas não veem o que pede como um sacrifício, mas sim como uma
causa” – Meiri Tavares (Designer)
Dizer ao
liderado “que incompetência! Se fosse eu teria ficado muito melhor!” é destruir-lhe
a motivação é roubar-lhe o ânimo!
Por sua
vez, dizer algo do género “vamos ver onde falhámos. Vamos rever todo o processo
e descobrir o que deu errado para, juntos, aprendermos com os erros” é uma
crítica construtiva. É aprender com os erros.
E
que tipos de de liderança podemos considerar?
Entre
os inúmeros que poderemos encontrar enquanto se faz uma ligeira pesquisa na
internet, deixo-vos o meu resumo em três:
Líder autoritário
(Aquele
que impõe as regras, que não dá espaço à argumentação do grupo, que não permite
liberdade de opinião)
Líder liberal
(É o
também chamado “laissez-faire”. Tudo está bem. Deixa o grupo à deriva, onde
cada um puxa/rema para seu lado. Talvez o pior dos líderes. Que vos parece?
Líder democrático
(Será,
TEORICAMENTE, o líder ideal. Aquele que permite o cruzamento de várias opiniões
e que depois orienta para a mais assertiva. Aquele que estimula, motiva os
liderados para em conjunto chegar ao objetivo. Aquele que está junto na
batalha!)
E vocês, que tipo de líder existe em vós?
Despertem
o líder que existe dentro de vocês!
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