Há uns dias li num jornal que os trabalhadores portugueses são muito requisitados por países com economias fortes. A capacidade de adaptação, a agilidade no trabalho, as cada vez mais reconhecidas qualificações, a capacidade para aprender línguas e o próprio conhecimento da lingua portuguesa, essencial para a presença em mercados com Angola e Brasil, são alguns fatores determinantes na sua capacidade. Claro que também temos o fado e o destino a importunarem-nos a vida, mesmo sendo património da humanidade, o que faz de nós um povo mais tristonho. Acredito que só por isso não temos o melhor funcionário público do mundo, resultando que o nosso eterno parceiro europeu, arrecadasse o título: melhor funcionário público do mundo é Grego e bem disposto. Felizmente, temos o Pingo Doce!
Há ainda outros fatores que deveriam estar entre as competências requeridas para qualquer colaborador, e que são inatas em nós. A criatividade presente em alguns de nós é simplesmente alucinante.
Mostramos uma enorme capacidade de surpreender tudo. Ouvi algumas histórias fantásticas da arte de bem viver à custa dos outros, e sem qualquer consequência prática.
No que respeita a formas criativas de poupar, houve uma moda, que confirma a nossa criatividade no que respeita dar a volta a situações quotidianas. Não posso confirmar se esta história está no âmbito da realidade ou se é mais um mito urbano. De qualquer forma, vale a pena saber que havia algumas pessoas que compravam belos carros pelo sistema leasing, e pagavam apenas o valor inicial. Ficavam com o carro por um determinado período, normalmente durante o período de férias de Verão, em que iam a algumas das festas badaladas entre os meios mediáticos da nossa urbe e, após o primeiro mês de utilização e consequente primeira falha no pagamento da prestação, a empresa ia buscar o carro. Entretanto, quem fazia o negócio, já tinha passado as férias com "o carro". Estará mais dificil agora, com a crise?
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