http://www.faqs.org/photo-dict/phrase/1362/knot.html |
A moral? Cada um saberá qual é a sua!
Numa reunião de pais numa escola da periferia, a professora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos e pedia-lhes que se fizessem presentes o máximo de tempo possível...
Considerava que, embora a maioria dos pais e mães trabalhasse fora, deveria arranjar tempo para se dedicar às crianças.
Mas a professora ficou muito surpreendida quando um pai se levantou e explicou humildemente, que não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava a dormir. Quando voltava do trabalho já era muito tarde e o filho já não estava acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava compensá-lo indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
E para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A professora emocionou-se com aquela história e ficou surpreendida quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O facto faz-nos reflectir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem presentes, de comunicarem com os outros.
Aquele pai encontrou a sua, que era simples mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó, o que o pai estava a dizer.
Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou a presença indiferente de outros pais.
É por essa razão que um beijo cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro...
É importante que nos preocupemos com os outros, mas é também importante que os outros o saibam e que o sintam.
As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem reconhecer um gesto de amor.
Mesmo que esse gesto seja apenas um nó num lençol…
5 comentários:
A comunicação é uma coisa transversal a todas as criaturas e pode fazer-se de milhares de maneiras.
Nós é que temos a mania de achar que é privilégio nosso apenas porque falamos.
"Se não olharmos em volta, teremos a tentação de pensar que estamos no centro do mundo".
Fantástico!
Realmente caros "Pedro's" a comunicação é transversal a todos os Animais, cada um à sua maneira. Dando o exemplo do meu saudoso Yuri, mesmo não falando fazia-se entender. É preciso é que os intervenientes saibam descortinar a mensagem, aprendam o código, saibam ler nas entrelinhas e estejam atentos a todos os sinais. Eu talvez tenha falhado na interpretação da última mensagem do Yuri ou ela era já tão complexa que eu não consegui entender ou não haveria nada a fazer.
Um Abraço
Olá Pedro e Zé Carlos.
Eu diria até que por vezes, falar arruina momentos sublimes de comunicação.
Alguem dizia há tempos: "Comunicar é a arte de se fazer entender". Esta é, para mim, uma das melhores definições de comunicação, independentemente dos meios.
Abraço
Caro Pedro e Caros "Comentadores"
Sou novo nestas andanças dos comentários... No entanto não resiste a fazer uma breve análise a esta questão da comunicação.
De facto, o que está por detrás de todas as formas de comunicação e da sua magia é a capacidade de dois seres se entenderem de um qualquer modo.. Nem que seja um simples olhar. Porque o que interessa é que a mensagem seja entendida.
Pedro, magnífico este exemplo do pai e do seu nó no lençol!!
Um forte ABRAÇO.
Olá Miguel,
Uma história de que gosto bastante!
Volta mais vezes. Pelo menos assim conseguimos comunicar!
Aquele Abraço
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