A maçonaria está com uma campanha mediática sem paralelo! Por todo o lado se houve falar em maçons. Assumir ou não eis a questão! Confesso que me causam urticária as instituições secretas que estejam fora do âmbito de serviços de informações (espiões) com a missão de proteger a nação! A coceira aumenta, se não se souber nada sobre os objetivos e pretensões das ditas sociedades secretas. Um grupo cívico, ou movimento de cidadãos como a maçonaria, não precisa de ter outdoors, mas o secretismo envolvente passa uma mensagem com pendor mais negativo do que positivo. E quando se vêm vários políticos, governantes, ex-políticos e ex-governantes a espreitarem pelo postigo da loja, a mensagem negativa implícita passa com mais força ainda. Aparentemente, este secretismo resulta da perseguição de Salazar aos maçons. É caso para dizer à maçonaria que a ditadura já acabou há alguns anos. Esse receio, válido no contexto pré-74, hoje já não parece adequado. Mas creio que já devam ter esta informação!
O que passa para fora, é que existem interesses e influências, e estes interesses e influências têm impacto no nosso quotidiano. Nesse sentido, o secretismo é alarmante. Como se pode ir lendo, vendo e ouvindo na comunicação social, nada é muito transparente. Nada se assume frontalmente:
Silva Carvalho usou a maçonaria para um projecto de ambição pessoal;
Cardeal Patriarca políticos não têm de assumir que são maçons
Morais Sarmento admite ter sentido influências da maçonaria no PSD
GOL contra lei que obrigue a declarar pertença a maçonaria
Na minha ingenuidade ou inocência, como preferirem, sempre vi a maçonaria mais como coisa de ficção e romance do para apimentar histórias de espionagem, ou romances históricos. Sempre que ouço falar de maçonaria, remeto o meu pensamento para Jonh le Carré, ou Irving Wallace. Penso ainda em Harry Potter e na escola de magia e bruxaria de Hogwarts.
Confesso que é um choque saber que a maçonaria existe, é constituída por pessoas com quem nos cruzamos na rua, têm finalidades misteriosas, tal como a sua existência o é, e somos muito mais governados por estes seres secretos e misteriosos do que gostaríamos de ser.
Para finalizar, e como o humor nos ajuda a perceber muitas situações, fica a opinião do Herman José e do Bruno Nogueira sobre estas coisas de maçonaria:
Bruno Nogueira: Tubo de Ensaio:
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=2222200
2 comentários:
Naturalmente como a maioria, penso, não sei nada sobre a maçonaria. No entanto, embora concorde consigo no essencial, parece-me que se está a dar demasiada importância a esta sociedade secreta ou nem tanto como isso. Como se se quisesse desviar a atenção de outros factos mais importantes do nosso quotidiano. Além de mais, poderemos colocar a pergunta: quem é corruptível o homem ou a instituição pelo facto de ser pouco conhecida? Naturalmente que é o homem. Ora, sendo assim, penso que está quase tudo dito. vamos obrigar a declarar a ideologia de cada um? -Porque nem sempre corresponde à inscrição partidária? Vamos obrigar a declarar o vínculo clubístico? A meu ver, é preciso apostar mais no homem e largar as externalidades.
Abraço.
Viva Luís!
Como sempre, os seus comentários acrescentam valor ao post.
É apenas o prurido que tanto secretismo causa! E a perceção (não sei se certa ou errada) de movimento de influências nem sempre coerentes com os valores que se diz que advogam!
Abraço
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