what a wonderful world

Apesar do post anterior não pretender ser pessimista, aqui fica abaixo uma "wonderful song".
É que as coisas são mesmo assim, e têm a sua evolução natural. Pior seria se a sequência fosse muito diferente da relatada. Poderia estar algo de errado com alguém.
Emocionalmente falando, que os filhos ficassem sempre dependentes. Agora racionalmente: que passem pela fase da independência, mas que eu seja capaz de provar que a interdependência é o estado preferencial, e que volte a casa.   



Segue-se também a letra. Simples mas imensa!

I see trees of green, red roses too

I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies so blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world

The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"

I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world
Yes, I think to myself, what a wonderful world

para os pais actuais e futuros...


Este texto é maravilhoso e preocupante! Passará a vida tão rapidamente como aqui se consegue sintetizar? E é assim tão cruel? Eles crescem realmente? Como fazer que olhem para nós sempre como os seus heróis? 
Espero que este texto permita estar atento e, pelo menos, minimizar os danos!
^_^ JCL

"Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos.

É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre,
e, às vezes, com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias de igual maneira.
Crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço
e dizem uma frase com tal maturidade
que você sente que não pode mais trocar as fraldas
daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha
que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia,
as festinhas de aniversário com palhaços
e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual
de obediência orgânica e desobediência civil...
E você está agora ali, na porta da discoteca,
esperando que ela não apenas cresça, mas apareça!
Ali estão muitos pais ao volante,
esperando que eles saiam esfuziantes
sobre patins e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas,
lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração:
incómodas mochilas da moda nos ombros.
Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar,
apesar dos golpes dos ventos, das colheitas,
das notícias e da ditadura das horas
E eles crescem meio amestrados,
observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos
que não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando
um pouco órfãos dos próprios filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas
e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês,
da natação e do judô. Saíram do banco de trás
e passaram para o volante de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer
para ouvir sua alma respirando conversas
e confidências entre os lençóis da infância,
e os adolescentes cobertores daquele quarto
cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas
e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter,
ao Shopping,
não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas,
não lhes compramos todos os sorvetes e roupas
que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles
todo o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia
entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais,
páscoas, piscina e amiguinhos.
Sim, havia as brigas dentro do carro,
a disputa pela janela, os pedidos de chicletes
e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar com os pais
começou a ser um esforço, um sofrimento,
pois era impossível deixar a turma
e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos.
Tinham a solidão que sempre desejaram,
mas, de repente, morriam de saudades
daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe
torcendo e rezando muito
(nessa hora, se a gente tinha desaprendido,
reaprende a rezar)
para que eles acertem nas escolhas em busca
de felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar:
qualquer hora podem nos dar netos.
O neto é a hora do carinho ocioso e estocado,
não exercido nos próprios filhos
e que não pode morrer conosco.
Por isso os avós são tão desmesurados
e distribuem tão incontrolável carinho.
Os netos são a última oportunidade de re-editar
o nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais,
antes que eles cresçam.
Aprendemos a ser filhos
depois que somos pais...
“Só aprendemos a ser pais
depois que somos avós...”
Affonso Romano de Sant'Anna

a emissão de dívida e um belo sorriso amarelo

A satisfação demonstrada por muitos responsáveis políticos deve estar cheia de sorrisos amarelos. Krugman: emissão de dívida de ontem foi “pouco menos que ruinosa” - Economia - PUBLICO.PT.
Assim como ainda não percebi porque é que aprovar um mau orçamento foi bom (http://meababel.blogspot.com/2010/10/quem-ganha-com-o-orcamento.html), também tenho dificuldade em saber porque é que o crédito com estas taxas de juro é bom. Alguém me consegue explicar? E comparando com a taxa de juro conseguida por Espanha?... Porque é que taxas que o nosso crescimento económico dificilmente conseguirá pagar, podem ser boas? Boas para quem?...
Ahhhh! É uma questão de perspectiva!
Como a informação é importante para falarmos com base em factos, veja-se:
- http://www.ionline.pt/conteudo/98125-cavaco-e-preciso-saber-onde-vem-essa-procura-da-divida
- http://www.ionline.pt/conteudo/98149-ministro-80-da-procura-da-divida-portuguesa-foi-externa-
- http://www.ionline.pt/conteudo/98274-portugal-passa-primeiro-teste-gracas-leilao-muito-protegido
- http://www.ionline.pt/conteudo/98327-espanha-vende-3-mil-milhoes-em-obrigacoes-do-tesouro

Apesar de parecer, não é literatura policial

Há muita especulação de um acontecimento como o homícidio de Carlos Castro. O enredo da situação e o mediatismo próprio dos envolvidos dá-lhe um ar hollyodesco, apesar de ser no outro extremo dos EUA. A personagem que desconfia à saída do elevador, a descrição das palavras do suspeito principal, entre outras situações cinematográficas, fazem lembrar Agatha Christie! E Poirot!
Fez-me lembrar que no ano de 2010 foram assassinadas cerca de 40 mulheres vitimas de violência doméstica pelos seus companheiros. Este tem a particularidade de ser um caso homossexual, em Nova York e com pelo menos 1 dos actores com grande mediatismo. Não nos devemos esquecer de todos os outros casos, normalmente anónimos, em que o único mediatismo que têm é em formato de número, em períodos de contabilização. 
http://meababel.blogspot.com/2010/11/2511-dia-internacional-contra-os-maus.html
Independentemente de tendências sexuais, é uma pessoa que está em causa. E se fosse um crime da Aghata, a última página esclarecia tudo o que havia para esclarecer, e o mau da fita era apanhado pela perspicácia do irritante e fascinante Poirot. Como estamos no mundo real, vai ser maior e mais complexo o enredo. Provavelmente não vai haver fim conhecido para a maior parte de nós, que especulamos de forma intensa sobre o caso. Que a justiça nos EUA, seja mais célere a apurar a verdade e a sentenciar!
- Policia afasta premeditacao no homicídio de Carlos Castro!
- Morreu com primeira pancada na cabeca

as 3 peneiras! ou como parar boatos!


http://daherblog.spaces.live.com/blog/
 Quando estamos em período de campanha eleitoral, ou em alturas em que a forma mais fácil de obter resultados é "falar mal", devia ter-se em consideração a história a seguir contada, e que circula por mail e na internet. Os candidatos envolvidos nesta campanha ganhariam mais, se a tivessem presentes (humilde opinião). E não correriam o risco de ver o tiro sair pela culatra, ou virar-se o feitiço contra o feiticeiro. Volto a relembrar o dito no post anterior, quando apontamos o dedo a alguém, temos 3 dedos apontados a nós. Por vezes não temos é essa consciência.
Esta é uma história que deveria ser implementada por todos nós, e acredito que seria um contributo para a diminuição de casos de trucidação de carácter que facilmente por aí encontramos! Se cada um de nós pensar nas 3 peneiras propostas, acredito que o boato tenha uma diminuição significativa.


As Três Peneiras de Sócrates
Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira peneira é a da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exactamente se é verdade.
- A segunda peneira é da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
- Útil? Na verdade, não.
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.

O filme seguinte também nos conta a mesma história:

uma campanha alegre? ou o poeta também chafurda na lama?

Esta campanha tinha tudo para ser uma campanha decente! Cavaco, Alegre e Nobre, são homens com mérito reconhecido na causa pública. Francisco Lopes está a fazer o papel que o seu partido lhe reservou. e não o conhecia antes de ser candidato presidencial, tal como o não conheço agora que é candidato a Presidente da República. Ainda por cima estamos perante uma reeleição que tinha tudo para ser pacífica. Mas Cavaco não pode dar por vencidas as eleições antes do resultado do sufrágio. Até porque Manuel Alegre, faltando-lhe argumentos políticos para combater Cavaco, optou por chafurdar no lodo, fazendo tudo para denegrir a imagem do Presidente candidato. E apontou as baterias e toda a sua eloquência ao caso BPN. Quanto a este caso, já ouvi versões e justificações para todos os gostos, mas se é caso se polícia, que seja tratado por quem de direito. Mas Manuel Alegre esqueceu-se de uma questão fundamental: quem aponta o dedo, tem três dedos apontados para si. E o que se começou a ouvir e a ler por vários sitios? O caso do texto publicitário do BPP (foram só 1500€? Ok, a partir de quanto é que é considerado ilícito?); As questões relacionadas com a deserção para a Argélia e se isto continuar, vão aparecer mais situações! Bem faz o Nobre ao não querer associar-se a estas questões e em apresentar programa para a sua candidatura, mostrando a políticos como se faz política com Nobreza!
Alegre optou claramente pela táctica da chafurdice, sabendo que quanto mais se chafurda, mais se enchem todos de lama. E se Alegre tiver sucesso com esta táctica, e impedir a eleição de Cavaco à primeira volta com este tipo de argumentos, está a dar mais uma machadada na democracia de que se diz defensor. E num momento dificil para si, não a consegue honrar.
Estaria eu bem com um Presidente da República que passa a vida a falar mal dos outros?
Estaria eu bem com um Presidente da República que, enquanto deputado e pré-candidato se moldou de acordo com os interesses do apoio à sua candidatura?
Claro que não!
Nesse aspecto, Cavaco parece ser a melhor opção, também pelas suas reconhecidas competências que poderão indicar o caminho a seguir para reduzir o imapacte da crise, ou sair dela.
Esta campanha Alegre faz-me lembrar uma história em que um barbeiro falava mal de toda a gente e foi perdendo clientela até que ficou sem clientes, completamente só. Nessa altura, virou-se para a sua imagem no espelho e diz: "Também tu me saíste cá um sacana!".

Ver também:
- Cavaco comprou acções da SLN
- classe política está desacreditada
- campanhas sujas
- Alegre conhecia campanha publicitária
- homo jornalisticus
- bpp contraria versão Alegre

veículo bloqueado paga o dobro

Os veículos mal estacionados, por norma, só beneficiam quem os estaciona e irritam a maioria dos que se deparam com  a situação.
Não é um vício, não é uma doença, é uma opção! É a opção consciente ou não, de se estar completamente a borrifar para os outros! A opção consciente passa por ter a atitude do: "Eles que esperem! Também esperei 9 meses e aqui estou saudável!" "Trambolho: passava um camião!". A opção inconsciente passa pela atitude: "Espero não incomodar ninguém." ou "Vou-me chegar aqui ao cantinho e dá para passar!" A questão é que incomoda! E muitas provoca atrasos, filas, pessoas mal dispostas.
Por isso que a notícia de que ia aumentar o custo de desbloquear automóveis mal estacionados é boa. Por mim podia ser quadriplicar, porque as pessoas têm opção. Por vezes não é a opção perfeita, fica longe, transportes alternativos, etc, mas há opção.
São pequenos passos como este que podem ajudar a manter o respeito. Muitos pequenos passos como este seriam uma excelente via para aumentar as receitas.

assalto à mangueira armada

Há uns tempos atrás, sempre que ia abastecer gasóleo, tinha a impressão que  me roubavam de uma forma subtil.
Hoje, tenho a certeza de que é feito o mesmo, mas de forma descarada.
O engraçado é que actualmente não há manifestações, e os combustíveis, salvo erro, já passaram os valores praticados nessa altura.
A sensação aumenta quando lemos notícias em que nos relatam a nossa posição relativa a nossa posição relativa, quanto aos preços dos combustíveis.
Será que a intenção é estarmos nalguns indicadores acima da média europeia? Se esse é o objectivo, estamos a conseguir, pois estamos quase sete cêntimos acima da média europeia e 22,4 cêntimos acima dos preços praticados em Espanha.

condimentos do verde moinho

O Verde Moinho (http://www.restauranteverdemoinho.com/) é um restaurante que, apesar de não o frequentar regularmente, é habitual a presença na época natalícia. Este ano não foi excepção.
É em Vale de Canas. Sai do circuito do centro de Coimbra!
Tem um aspecto acolhedor, talvez pela lareira sempre pronta a ser utilizada! O espaço é bem arranjado e permitem almoços de longa duração com algum espaço para as crianças brincarem!
Confesso que o grupo que vai lá nestas festas natalícias ajuda à percepção que tenho do restaurante e das suas virtudes, porque é composto por pessoas com quem gosto de conversar. O tempo que vai passando sem nos encontrarmos, faz com que seja curta a longa tarde bem passada que aqui acontece anualmente. Mesmo a entrada nos carros só é acelerada pelo frio que normalmente marca presença. Este ano senti a falta das presenças naturais e desejáveis dos trios S, G e A, e do trio C, J e M.
Ah!... A comida?... Italiana e de boa confecção!

funcionalidades perdidas

Não é admissível que um dos maiores gadgets do momento, o iPAD, tenha esquecido uma das funcionalidades mais importantes do produto que pretende canibalizar, o jornal!
Quem perde?... O consumidor, claro!

o cliente tem sempre razão?


Stew-Leonard's
 O cliente tem sempre razão?
Não sei! Não sei e não é relevante para o caso!
Mesmo que não tenha razão deve ser tratado como se tivesse! Isto sim, é relevante!
E é também mais fácil dizer do que pôr em prática, admito!
Mas é uma atitude que deve ser cultivada todos os dias!
Os motivos?... Nada melhor do que uma pequena história para explicar o porquê desta atitude!

"Stew Leonard's é um pequeno supermercado que fica na cidade de Norwalk, nos Estados Unidos, Segundo o Guinness, o livro dos recordes, essa loja é a que mais vende por metro quadrado no mundo, mais do que qualquer outro supermercado, Stew Leonard, o proprietário, explica a razão do seu sucesso:

- Se eu cultivar clientes felizes, eles vão voltar! Conta ele que a lição mais importante, para satisfazer os clientes a aprendeu três semanas antes de um Natal, quando estava a vender gemadas, Uma cliente virou-se para ele e reclamou:
- A gemada está azeda!
- Azeda? Na minha loja nova, onde pus a minha alma e o meu coração? Não pode estar azeda' A senhora está enganada! Já vendemos cem galões de gemada desta remessa e só a senhora reclamou'
Ela olhou para ele e disse:
- Não me importa quanto tenha vendido! Quero o meu dinheiro de volta!
A mulher estava tão furiosa que as veias do pescoço saltavam ... Stew meteu a mão no bolso e pegou no dinheiro; ela arrancou-o da mão dele e saiu. As suas últimas palavras foram:
- Nunca mais volto aqui!
Ao jantar, naquela noite, o comerciante comentou com a mulher:
- Não acreditas como as pessoas podem ser! Ela estava errada! Errada!
- Não brinques? Tu é que estavas! Não percebes que a insultaste? Praticamente, chamaste-lhe mentirosa. Espero que não vás administrar o teu negócio como os outros gerentes de supermercado, que acham sempre que os clientes são mentirosos! Não acreditam em nós, mas vingamo-nos: nunca mais voltamos.
Stew começou a pensar sobre o assunto e disse a si mesmo:
«É verdade. Noventa e nove por cento dos meus clientes são bons e honestos. É apenas aquela pequena fracção de um por cento de chatos que tenta irritar-me. Mas se dirigir o negócio protegendo-me desse um por cento, acabo por penalizar os noventa e nove por cento de clientes bons e honestos.»
Stew decidiu então que nunca nenhum cliente seu jamais estaria errado. Ele colocou na entrada da loja uma enorme placa onde está gravada a política da loja para que todos possam ver:

Regra número um: O cliente tem sempre razão!
Regra número dois: Se o cliente estiver errado, releia a regra número um!


É esta filosofia que faz o cliente ficar encantado e achar que comprar no Stew Leonard's é uma experiência agradável e compensadora."

Fonte: Livro: O que podemos aprender com os gansos; Autor: Alexandre Rangel; Editora: Casa das letras

o seminarista

O seminarista é um policial engraçado. Li-o bem. É sobre um assassino profissional que foi seminarista e que diz muitas frases em latim. Uma figura que à partida seria o "mau" da fita. E é. Mas fui criando uma empatia com o personagem. Ao longo do livro apercebi-me que estava a torcer por ele. Apesar de ser um livro em que todas as personagens relevantes são "más" numa avaliação primária, e com base nas actividades desenvolvidas por cada uma, fui orientado para dividir as personagens entre boas e más. As únicas personagens que podem na realidade aspirar a ser consideradas boas, neste mundo a preto e branco, seriam as que não duram mais do que um parágrafo, relativo à descrição do despacho do serviço. 
Duas frases ficaram:
"Qualquer um pode cometer um erro, só um tolo comete o mesmo erro novamente"
E numa situação em que estava a ser torturado:
"Então me lembrei de uma frase que li num dos livros do Bruce Chatwin, sobre a importância da postura ereta, a postura ereta, ainda mais do que a presença do superego, entre esses atributos que o elevaram acima do reino animal, a postura ereta era o mais importante."

tiM: condutora vs não condutora

A Dr.ª Geninha era uma figura distinta, educada e cortês do Calhabé.
O Joca sempre a vira como simpática, disponível e com um sorriso no rosto. Parecia impossível estar mal disposta. Sempre amável, sem deixar a sua zona de conforto, e sem dar grandes possibilidades de outras aproximações. A Geninha para os amigos, Dr.ª Geninha para os restantes, cidadã exemplar, tinha orgulho na sua contribuição para uma sociedade menos má. Para isso, era uma escrupulosa cumpridora da lei e das regras sociais.
O Joca, passados 750m de fila lenta e trânsito compacto, ainda estava de boca aberta. A Dr.ª Geninha, no seu Mazda 2, tinha dado passagem a um Golf, pois a fila era compacta e a simpatia, mais uma vez, imperou. O Joca, 2 carros atrás, não conseguiu perceber o género do condutor do Golf. Depois de algumas hesitações mútuas, o Golf parou e deixou-se estar. Dr.ª Geninha - a condutora,  ficou furiosa. Protestou. Provavelmente, deve ter chamado alguns nomes impossíveis de sair da Dr.ª Geninha - a não condutora, pois o tom e a cor facial assim o indiciava. A cara estava transfigurada. Até fez um gesto daqueles em que se vai com a mão aberta rapidamente para cima, e deixa-se ficar durante algum tempo lá em cima, acompanhado de um "Já não se pode ser simpática! Se não queres entrar, apodrece aí" especulava o Joca sobre os possíveis comentários que deveriam ter saído da sua boca. Não acreditava que tivesse ido mais longe do que isto. Felizmente não chegou ao manguito, ou o Joca perderia a fé no ser humano.
Ah! Como é diferente a Dr.ª Geninha - a condutora da Dr.ª Geninha - a não condutora!

apesar de tudo...


Encontrei por acaso os 10 mandamentos de Kent M. Keith.
Poderia ser perfeitamente a base das resoluções de ano novo para o próximo ano.
Aí vão:
1 – As pessoas são por vezes ilógicas, irracionais e egocêntricas. Ama-as, apesar de tudo.
2 – Se fores correcto e praticares o bem, as pessoas poderão acusar-te de interesseiro e deter motivos egoístas ocultos e segundas intenções. Pratica o bem e sê correcto, apesar de tudo.
3 – Se tiveres sucesso, terás novos amigos, alguns falsos, outros verdadeiros. Procura o sucesso, apesar de tudo.
4 – O bem que fizeres hoje será eventualmente esquecido amanhã. Faz o bem, apesar de tudo.
5 – A honestidade e a franqueza tornam-te vulnerável. Sê honesto e franco, apesar de tudo.
6 – Grandes homens e mulheres, com ideias excelentes, podem ser derrubados por homens e mulheres com mentalidade mesquinha. Continua a ter grandes ideias, apesar de tudo.
7 – As pessoas são complacentes com os oprimidos, mas seguem os bem-sucedidos. Continua a lutar pelos oprimidos, apesar de tudo.
8 – O que demoras anos a construir poderá ser destruído de um dia para o outro. Continua a construir, apesar de tudo.
9 – As pessoas podem precisar de ajuda, mas poderão voltar-se contra ti, se ajudares. Ajuda as pessoas, apesar de tudo.
10 – Dá ao mundo o teu melhor e haverá pessoas que te vão desejar e fazer mal. Dá ao mundo o teu melhor, apesar de tudo.

votos de 2011 excelente!

Este Natal foi mais marcado pelos lenços de papel e pela cama do que pelos doces, pelos passeios em família e pela abertura e usufruto das prendas recebidas do pai natal e do menino Jesus. Visitas ao Bussaco, ao Portugal dos Pequenitos e a Penela foram adiados e terão que ser replanificados.
Agora que as forças começam a voltar, vai ser sempre a bombar! Prevejo que antes das 00h30 não há cama para ninguém (se o brufene ou o ben-u-ron fizerem efeito desejado).

Que seja um excelente ano de 2011 para todos nós!

2010 Momentos

  • Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento (cubano Guillermo Fariñas) e Prémio Nobel da Paz (chinês Liu Xiaobo). Foram marcados pela ausência dos galardoados na cerimónia de entrega. Não por opção, mas por impedimento das autoridades dos seus países.
  • Saramago.
  • Resgate de 33 mineiros no Chile. Estiveram 69 dias soterrados e foram alvo de uma operação de resgate de elevado mediatismo. O envolvimento e crença do presidente chileno, apesar de inicialmente se prever uma percentagem de sucesso na ordem dos 10% também deve ser salientado.
  • Facebook, Mark Zuckerberg e as redes sociais, que marcaram uma nova forma de ocupar parte do tempo livre, e aparentemente parte do outro tempo também! 
  • Fundação Champalimaud, pelos seus investimentos que permitem a excelência na I&D em áreas como o cancro.
  • IPN - Instituto Pedro Nunes - melhor incubadora a nível mundial.
  • Armindo Araújo - Armindo Araújo, bicampeão mundial de produção de ralis (PWRC)
  • Autoeuropa, que tem pela primeira vez um líder português (António Pires).
  • Candidatura Ibérica à organização do mundial de futebol de 2018.
  • Crise: apesar de não ser um momento e manter uma continuidade indesejável.   
E ainda 3 terramotos de diferentes escalas e consequências:
  • Haiti: enquanto os europeus discutiam quem ia, quem liderava as equipas de salvamento e de apoio, os americanos entraram e deram um apoio precioso. É daqueles casos em que alguém disse que era importante agir duas vezes antes de pensar! E foi útil!
  • Mundial da África do Sul: 1.º no continente africano. E toda a novela dos navegadores.
  • WikiLeaks: Ainda são desconhecidas as verdadeiras consequências deste terramoto.
Assim de repente foi o que me pareceu mais marcante em 2010.

eu gosto do Natal! ponto final!

Eu gosto do Natal! Ponto Final!
Esta é a minha declaração sobre o Natal!
Só tenho motivos para isso!
Estou com a família! Admito que pode ser tramado para as famílias que não se dão bem! Não é o meu caso!
Sente-se solidariedade no ar! Ou como diz a Mafalda "O melhor do Natal é que as pessoas se amam mais"!
Os preparativos do Natal também ajudam à festa! Admito que passo muito pouco tempo nos preparativos. Não sei se teria a mesma opinião se passasse muito mais tempo.
A lareira acesa!
A gastronomia e os exageros próprios da época!
As histórias repetidas vezes sem conta pelos mais experientes! Admito que começo a contar algumas histórias que talvez sejam repetidas! Mas são tão boas que vale a pena contá-las de novo!
As prendas! Claro que acho que são demais! Claro que percebo as chamadas de atenção para o consumismo! Claro que sim! Mas de facto, também são um motivo para gostar do Natal!
Há muitos outros motivos, mas o último que aqui deixo, são as crianças e toda a magia que as rodeia, e que nos contamina! E que nos lembra quando eramos nós! E por isso, mesmo que não tivesse motivos para gostar do Natal, o que não acontece, ver a alegria das crianças, o brilho nos olhos com tudo o que o Natal envolve é suficiente para achar que vale a pena.
Para concluir e para ir comer uma broinha de natal que já me está a chamar há algum tempo, confesso que acredito no Pai Natal e no seu gosto em dar, não recebendo nada em troca que não seja a alegria de quem recebe (isto é o Pai Natal, porque eu também gosto de receber) e no menino Jesus e em tudo o que representam!
Vou ver os chás que tenho por aí para o dia seguinte e espero que a figadeira aguente estes fritos todos!
Bom Natal, e até mais ver!

caríssima(o)s... Feliz Natal!

Apesar do acessório também ser importante, não quero esquecer o essencial!
Votos de um Feliz Natal, com prendas, mas acima de tudo com o dito espirito!

Natal Digital - Excentric

A Excentric apresentou-nos de forma simples, célere e brilhante a reconstrução do nascimento de Jesus, num cenário em que mistura elementos de há 2000 anos, com muitos elementos actuais. O resultado é fantástico!