Quando olhamos para a última campanha da Benetton, não há surpresa: É a Benetton que nos habituámos a ver em diferentes campanhas, apresentando temas sensíveis e passíveis de fanatismo de forma polémica, promovendo opiniões fanáticas de quem, normalmente, não o é.
O que para mim é realmente novo, é o recuo da Benetton, perante as críticas.
Benetton retira imagem do Papa a beijar o imã do Cairo - Mundo - PUBLICO.PT:
Verifica-se que, apesar do poder dos representantes escolhidos para esta fotografia, o único recuo que houve, foi relativamente à fotografia com o papa. Esta questão mostra alguma diferença para as campanhas anteriores. Não deve ser o mestre Oliviero Toscani, mas alguém que captou a sua essência, faltando ainda a força para não ceder a pressões.
Ter contestação da igreja, independentemente do grau, é um forte suporte para qualquer campanha. Deve estar nos compêndios de marketing. E para não dar exemplos globais, que há muitos e variados, relembro apenas alguns exemplos da nossa praia, como o Evangelho segundo Jesus Cristo, de Saramago, o Crime do Padre Amaro com a diabolicamente charmosa Soraia Chaves e com o outro actor de que já não me lembro muito bem, e recentemente com o José Rodrigues dos Santos.
Por último, deixo aqui uma questão. Se esta campanha que fala sobre ódios evidentes, como se vê pelas imagens da campanha, porque está ali a imagem de Sarkozy e Merkel a contracenar??? Não deve ser apenas para incluir uma imagem de pessoas que se amam para fazer contrapeso com todas as outras! Ou será?
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