dar o golpe

Dar o golpe era como denominavamos a ação de passar à frente de qualquer fila. Na cantina da Universidade, passando pelo bar e pela casa das fotocópias havia sempre alguém pronto para dar o golpe. Tinham sucesso por diversas vezes. Algumas, levantava-se uma voz e perguntava onde ia o tipo ou tipa, e iniciava-se uma onda de protestos. Normalmente iam para o fim da fila, embora tenha presenciado uma ou outra discussão mais acesa pela situação. Quem ia para o fim da fila, normalmente dividia-se em duas categorias: o embaraçado e o teimoso. O embaraçado tinha passado uma vergonha, e provavelmente não iria repetir a história. O teimoso era aquele tipo que iria voltar a experimentar. Não tinha conseguido daquela vez, mas estava-lhe no sangue tentar de novo. Hoje, tenho mais dificuldades em ser ingénuo para o classificar apenas como teimoso. Também, aconteceu uma ou outra situação em que o golpista ia de peito feito e passava de qualquer maneira à frente.
Independentemente do seu sucesso, ficavam logo rotulados em termos de personalidade e caráter. Podem-se ver algumas virtudes em determinadas atuações, mas o que se pode concluir é a marcante arrogância e desrespeito pelos demais. Características que, provavelmente estarão presentes nos anos seguintes da sua vida.

Agora falemos de gente "grande". Podemos dizer que as situações anteriormente descritas, são normais num ambiente universitário e faz parte do crescimento como gente grande. E que naturalmente atitudes dessas diminuirão com a maturidade. Aparece então, um ex-governante e actual administrador de um grande banco demonstrar o contrário: Armando Vara dá o golpe em centro de saúde. Ou seja, alguém com responsabilidades, e com a sua seriedade já posta em causa por outros motivos relacionados com casos de suborno, aparece com uma atitude arrogante e presunçosa a dar o golpe numa fila! É caso para dizer que, por muito que se utilize o conceito "in dubio pro reu" e o "inocente até prova em contrário", estas atitudes fazem com que pelo menos a avaliação popular da sua atuação reta em todos estes casos seja posta em causa.
A questão é: Será que quem dá estes golpes pequenos não terá também proponsão para os golpes maiores? E qual é a froteira entre golpes pequenos e golpes maiores?
Por mim, a sentença pode sair. Já tenho juízo feito sobre o tipo!

Armando Vara devia ouvir o seu querido líder http://www.ionline.pt/conteudo/105706-socrates-responde-soares-dos-santos-que-nao-basta-ser-rico-ser-bem-educado.

O próprio querido líder deveria fazer uma introspeção e analisar o seguinte vídeo que a 31 da armada (http://31daarmada.blogs.sapo.pt/) nos proporcionou e que deve ser relambrado:

2 comentários:

A Guria Dourada disse...

Uma vez sem-vergonha, sempre sem-vergonha! Duvido que um cara desses mude. E, quanto à universidade.. Não sei se já não estão na hora de aprender. Apesar de saber q são pessoas com características de adolescentes ainda. Tive esse problema com meus colegas de faculdade. Eram muito imaturos.

Pedro Paiva disse...

É Dione! sem-vergonha, gente com lata, cara-de-pau, entre outros nomes...
Na universidade já é tarde! Deveria-se aprender antes ainda da escola primária!