Le lait d'ici!



Os franceses realizaram há pouco tempo uma campanha (peço desculpa por não ter conseguido fixar a data), mas fixei o nome, denominada: Le lait d’ici. Em tuguês: “O leite daqui”! Queriam eles que os franceses negassem a compra a leite proveniente do estrangeiro, quando têm tão bom leite francês.



Convencidíssimo de que “vaquinhas” era coisa que não faltava em Portugal, bebia “cego e cegamente” leite à descrição (e todos lá por casa, até porque é algo que faz, e muito, parte da nossa alimentação) convencidíssimo de que seria “Made in Portugal”.

Assombrado pela crise, rendi-me (rendemo-nos) há muito tempo às marcas brancas! 

Ainda assim, não tão brancas como se dizem, até porque começam a aparecer, cada vez mais, produtos brancos mais caros que produtos de marca. No leite, a diferença é de 3 a 4 cêntimos por litro. Pouco impactante no litro. Um pouco mais quando se compra aos 24 de cada vez. Estamos a falar, na pior das hipóteses, de 0,96 EUR em 24 litros de leite.

Depois de ler (tão impactante) reportagem, algo ficou a “minar” o meu subconsciente e comecei a tentar perceber a origem do leite que é vendido nas prateleiras nacionais.

Resultado? Estupefação, revolta e nacionalismo!

As cadeias da grande distribuição vendem-nos, mais barato, leite branco, de marca branca, mas não é o “lait d’ici”!!! A grande maioria do leite de marca branca à venda é de origem francesa e espanhola. 

Confesso, sem problemas, que até há muito pouco tempo atrás bebia leite magro Continente, mas desde que encontrei a referência FR parti para novas buscas. Nesse mesmo dia passei a beber leite “E”, da mesma insígnia porque a referência era PT. Contudo, na semana seguinte, o mesmo leite, da mesma marca, já tinha menção FR.

No Pingo Doce “brindam-nos” com leite FR nas suas belas embalagens de marca branca!

Que o Lidl (leite ES) nos venda leite estrangeiro, sendo uma insígnia alemã… não gosto, mas paciência. Agora, que Continente e Pingo Doce o façam, aniquilando o produtor nacional, francamente, para mim, azedou!

Continuando a análise, que já dura há um mês, e repete-se de cada vez que vou ao supermercado, reparo que apenas Gresso, Agros e Terra Nostra (vendidos em hipermercados) mantêm (atenção: durante este mês) a referência PT. 


Nacionalismo exacerbado? Que seja! Eu quero “lait d’ici”!

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