estômago de aço ou as blasfémias de Bourdain

É fácil gostar deste tal Tony Bourdain!
É um enfant terrible! É o Reininho da gastronomia, mas que cobre a aldeia global. E ainda por cima fala e gosta de Portugal! Mesmo sendo um apologista do politicamente incorrecto, fala bem de nós! Isto é típico de saloio, provinciano até, dirão alguns, mas gosto mais facilmente de quem gosta de nós.
Apesar de não aguentar mais do que uma utilização profissional da faca num qualquer legume inocente antes de mudar de canal, já vi episódios completos deste tipo.
Conta histórias sobre a comida! Goza com a situação e tem o prazer que qualquer um de nós teria a provar algumas das iguarias que ele tem a oportunidade de provar. Calca o risco. Elimina fronteiras. Dá dores de cabeça à ASAE da zona. Não cumpre as higiénicas directivas comunitárias. É possível que para os puristas da gastronomia, Bourdain seja sinónimo de blasfémia. Enfatiza características da gastronomia mais perceptíveis para o comum dos mortais, sem os rituais próprios da seita.  Parece-se com qualquer um de nós, e não com um dos habituais chefes, que seguem rigidamente o protocolo da cozinha. O famoso Olivier é, provavelmente, outra excepção, mas não tem o mesmo impacto sobre quem não tem uma orientação gastronómica para além da de utilizador!
Gostava de o ver divagar sobre os negalhos, ou sobre o serrabulho. Se considerou as bifanas algo complicado, não imagino o que diria sobre os negalhos. No conceito, medonho! No palato, celestial.

e ainda alguma da gastronomia do Centro de Portugal:

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