Fonte de imagem: http://marvel.com/comics/World_War_Hulk
Há pouco tempo numa apresentação de um fantástico orador que conversava sobre a nossa forma de reagir perante a adversidade.
Um dos momentos altos foi quando se referiu a situações de jogo de atletas de alta competição, em que se pretende acalmar o atleta, e o treinador vira-se, com as feições a apresentar um rico painel cromátrico a alternar entre o angustiado, o raivoso e o irado e grita: "TOJÓ, TOJÓ, TEM CALMA PÁ! TEEEEMM CAAAAALLMA, PÁÁÁÁ!!". Ninguém que esteja em situação de alta tensão ficará mais calmo por ouvir estas palavras de alguém com as veias do pescoço completamente dilatadas.
No dia a dia verifico que em diversas situações peço calma às pessoas que me rodeiam. Apesar de a maior parte das vezes não estar com as veias dilatadas, verifico que sempre que peço calma, o resultado não é o esperado.
Penso que origina mais facilmente um sentimento de revolta, ou um sentimento de incompreensão, com toda a carga complementar de injustiça associada.
Analisando as situações que vão ocorrendo e que ainda me recordo, acredito que quando peço a alguém para ter calma, falo mais para mim próprio, tentando ganhar tempo para pensar em alternativas para enfrentar a situação em causa.
Recordo-me perfeitamente da última vez que disse a alguém para ter calma. A minha voz evidenciava tudo menos calma, apesar de uma tentativa de auto-controlo de dimensão indescritível, mas que se desmoronou ao fim de 5 segundos de conversa: "TEM CALMA PÁAA!!" resposta: "MAIS CALMA????? QUEM É QUE TE DISSE QUE EU NÃO ESTOU CALMO????? grande besta".
Definitivamente tenho que arranjar estratégias alternativas para promover a calma em momentos de tensão, e não sei como!
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