O texto abaixo deve servir, no mínimo, para reflexão. Provavelmente, para rever alguns conceitos e mudar comportamentos. De filhos e de pais.
Depois do primeiro impacto e de chamar alguns nomes ao autor, daqueles que os filhos não devem ouvir, talvez seja útil analisar quantas vezes já permitimos comportamentos parecidos com os apresentados pelo ignóbil Diogo Faro, que não devia ter interferido na paz presente nos lares. E agora, vou lançar uns comentários no site do texto original, porque estas sacanices são difíceis de aceitar. Proposta: Ler texto abaixo e ir para o texto original chamar nomes ao tal Faro.
As criancinhas que mandam no mundo
"Aqui há dias fiz um “post” no Facebook onde criticava, exageradamente de forma a ter graça, as criancinhas que passam por mim a correr na praia e me enchem de areia. Nada de grave, ninguém morre por levar com uns grãos de areia. Mas o que achei mesmo engraçado foi a reacção de alguns pais ao dito “post”. Fizeram-me pensar e aqui me redimo.
Certos pais fizeram-me perceber que temos que perdoar tudo às crianças porque elas são… crianças. Claro! Elas precisam de se expressar e de brincar! E se isso passa por atirar areia para cima de estranhos na praia e berrar sem motivo em restaurantes, como é que há pais que se atrevem a dizer-lhes que não façam isso? Como, senhores?! É a isso que chamam educação, só porque estão a respeitar os outros com quem vivem em sociedade? Errado! Isso é meramente castração criativa. Estão a ser mal-educados, impertinentes e egoístas? O que é que isso importa quando podem estar ali futuros Napoleões, Hitlers ou Salazares? Não podemos desperdiçar tais talentos.
Tenho imensa pena que os meus pais não me tenham educado assim. Lembro-me perfeitamente que, quando era pequeno, na praia me obrigavam a não correr quando passava ao lado de pessoas estendidas na toalha. Já viram se eu nunca tivesse parado? Se calhar, tinha treinado tanto que agora era melhor que o Madjer e também era Campeão do Mundo de Futebol de Praia. E pior! Se, por algum triste acidente, atirava areia a alguém, obrigavam-me a pedir desculpa. Ahah! Absurdo. Como é que eles se atreviam a desautorizar uma criança à frente de adultos estranhos? Como é que me castravam o poder que eu estava a construir para dominar o mundo? Que dor de alma.
E chego à conclusão que há ainda pior. Os energúmenos que vêem mal nas crianças serem “educadas” desta forma, levadas num pedestal sobre todos os outros seres vivos, a aprender a pisar os outros por isto ser um mundo cão. É assim mesmo que tem ser. Vão ser adultos insuportáveis, completamente despojados de sentido de vida em sociedade e de respeito pelos outros? Ainda bem. É assim que os grandes se formam e ficam na História.
Retiro o que disse no “post”, e que algumas pessoas tomaram como literal, a minha vontade que as crianças que me enchem de areia, sem que os pais as chamem à atenção, caiam de boca e almocem 2kgs da mesma. Pelo contrário, quero que me pisem mesmo na cabeça, que continuem a correr, que dêem um pontapé no estômago de outra criança que se atreva no seu caminho, que chapinhem ao lado da velhota que está a tentar entrar devagarinho na água por causa das dores nos ossos e, por fim, que matem uma gaivota que estava ali em dificuldades no mar. São crianças? Então que façam tudo o que bem lhes apetecer porque o mundo precisa de futuros adultos assim.
E eu iria mais longe. Que se lixe o “por favor” e o “obrigado”, que se empurre em vez de pedir licença, que se roube em vez comprar e que ordene em vez de pedir. Afinal de contas, crianças são crianças e aos 18 logo se vê.
Parabéns aos pais que têm a coragem de as educar assim."
Diogo Faro