A cerimónia de abertura:
As expetativas sobre a cerimónia de abertura eram baixas. A contenção nos custos tão anunciada e a grandiosidade de Pequim faziam prever um início mais modesto. Mas gostei. Foi magnifico ver uma parte da nossa história ali apresentada. Talvez por ser um espetáculo rápido em que conseguiram mostrar a história da Inglaterra, mas também a história de toda a europa que foi claramente influenciada por momentos passados nas ilhas britânicas. Diria eu, sem conhecimentos de história que validem cientificamente a afirmação, de todo o ocidente e de grande parte do oriente. Bonito.O quadro de medalhas e o quadro português
O quadro de medalhas português é próximo do que se estava à espera. Mais medalha, menos medalha, tenho dificuldade em acreditar que alguém estivesse à espera de muito melhor. Claro que na análise do treinador de bancada, como eu próprio, queria mais, muito mais. Mas a análise relevante deverá ser feita pelos técnicos, atletas e dirigentes, no que respeita ao cumprimento dos objetivos a que se propuseram. Sem demagogia e com dados objetivos, é importante que analisem se cumpriram ou não. Só assim, as entidades oficiais poderão classificar a participação como positiva ou negativa. Claro que no medalhometro olímpico, ficar no 69.º lugar não parece tão bom assim.Quanto ao medalhómetro global, a Grã-Bretanha estar no 3.º lugar é para mim uma surpresa. Claro que houve preparação e investimento reforçado para brilhar em terra de sua majestade, mas não deixa de ser surpresa.
A maior surpresa é ter a Coreia do Sul em 5.º lugar. Claro que ganharam medalhas em vários desportos que normalmente, em casa, entram apenas pelos resumos de desporto do canal 2 da RTP ao sábado ou domingo à tarde. Têm o seu que de minoritários ou quase inexistentes por cá, como o caso da esgrima, da luta greco-romana, taekwondo, tiro com arco, ténis de mesa, futebol Hã?!? Futebol? Só se for feminino! Masculino? De certeza? Surpreendente. Uma surpresa ainda maior dentro da surpresa do 5.º lugar. É que, mesmo não sabendo qual o desporto-rei na Coreia do Sul, arriscaria dizer que não é o futebol.
Quanto às análises feitas ao medalhómetro, tenho gostado de ver algumas que salientam a capacidade da Europa das medalhas quando se vê como um bloco (muito mais do que qualquer outro país, mesmo tendo território menor que outros e populações inferiores em número), ou quando se vê individualmente. E transpor esta realidade para outras áreas, é um exercício interessante que terá algumas analogias, com certeza.
Mas, para ver mais: http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/medalhas.html
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