Algumas notas soltas de uma sessão do Clube Toastmasters de Coimbra que teve como convidada especial a Marta Coimbra e a sua aventura de voluntariado no Vietname:
- Voluntariado no Vietname foi rico em várias emoções relacionadas com o ir para fora. A volta, provocou uma grande ressaca. Só há uma forma de curar a ressaca... ir para fora de novo.
- Queria fazer voluntariado... autêntico, não negócio para entidades que cobram aos voluntários... não queria pagar para fazer voluntariado.
- Ir para o Vietname ou para o qualquer outra parte do mundo provoca-nos medo do diferente... Se há algo certo, é que vai ser diferente do que encontramos por cá.
- Não estava à espera de nada... as expectativas eram baixas. Sabia que a cultura que ia encontrar seria muito diferente e ter essa noção é uma regra básica para quem viaja.
- Uma viagem é como a vida condensada num curto período. Temos muitas emoções, momentos bons e momentos maus. O meu maior stress foi relacionada com uma fobia que teve a oportunidade de se manifestar de forma intensa e frequente. Estar num local onde o objeto da fobia está muito presente, torna a vida muito complicada. A fobia provoca pânico.
- O pior dia que tive, transformou-se no melhor dia.
- O que recebemos é imensamente maior do que aquilo que damos.
- Aprendi que a língua não é tão importante assim . A forma como nos olham, há outras formas de comunicar muito mais importantes.
- No Vietname são muito tranquilos... muito calmos.
- As regras de higiene da cultura são completamente diferentes... nem melhores, nem piores. Por exemplo eles comem com paus e comem sentados no chão. Têm regras e comportamentos muito diferentes. Por exemplo, para eles é impensável entrar calçado numa casa. Entram sempre descalços. Portanto, a ideia de que há menos higiene é falsa. Não é uma questão de haver menos higiene, é uma questão de haver regras de higiene diferentes.
- Não sei se é inspirado pelo budismo, se são tocados pela religião, mas vivem com gratidão. Nota-se uma gratidão constante pela vida, por tudo o que fazem.
Outros intervenientes:
- A maior desvantagem nos dias modernos? A rapidez; a velocidade. Perdemos competências sociais tais como a simplicidade, a calma, o saborear, o andar tranquilo, o andar devagar.
- O paradoxo da tecnologia diz-nos que as redes sociais aproximam quem está longe e afastam quem está perto.
- Diferentes têm relações diferentes com o tempo