esta seria a resposta expectável para quem se apresenta à rasca.
Mas a resposta que provavelmente se ouviria seria: "estás à rasca?... à rasquinha?...! e que é que eu tenho a ver com isso? Aguenta! Tenho que tratar de outras m*****!"
Esta tem sido a posição do nosso governo!
E estes acontecimentos colocam-nos muito mais próximos dos países africanos do que da europa. Veja-se:
- Estamos num país com tiques de autoritarismo:
- http://www.publico.pt/Sociedade/armando-vara-passou-a-frente-de-utentes-de-centro-de-saude_1481106
- http://meababel.blogspot.com/2011/03/grande-lata.html
- http://www.ionline.pt/conteudo/109866-governo-nao-informou-belem-do-pacote-austeridade-hoje-apresentado
- Foram as redes sociais a suportar a comunicação entre os manifestantes.
- Temos uma sociedade doente, pois é uma sociedade com falta de esperança e sem perspectivas do futuro.
Há uns tempos Manuel Pinho decretava o fim da crise. Até às eleições autarquicas o governo dizia que a crise não existia, fazendo as necessárias magias com os números.
O principal partido da oposição, sentindo que ainda não estava preparado, colocou as suas necessidades tácticas à frente dos interesses do país, deixando a coisa afundar um pouco mais. Objectivos: dar tempo para se preparar para a governação (legitimo), e ter a certeza de resultados bons, partindo do princípio "quanto pior, melhor.". Continuo convencido que a aprovação de um mau orçamento, foi trágica e o país tem vivido um constante adiar de soluções. http://meababel.blogspot.com/2010/10/quem-ganha-com-o-orcamento.html
São PEC's atrás de PEC's, medidas de austeridade a seguir a medidas de austeridade que se dizia serem suficientes.
Ou seja estamos perante um caso de mau governo, ou desgoverno. Para todas as situações possíveis e imaginárias já sabemos o que vai suceder: o mexilhão está lixado - mais impostos de uma forma qualquer.
- http://meababel.blogspot.com/2011/01/emissao-de-divida-e-um-belo-sorriso.html
- http://meababel.blogspot.com/2010/11/imagine.html
Esta constante passagem de medidas suficientes para insuficientes, associada a alguns factores relevantes, como a ideia generalizada que os políticos apesar de pedirem sacrifícios, não os fazem, e à situação precária de anos e anos a fio, sendo um dos principais responsáveis por estes casos precários muitas instituições públicas ou sob a tutela de instituições públicas, tem feito com que a pressão social aumente.
Verifica-se a existência de um movimento contestatário forte. Esta força advém também de ser essencialmente apartidário, apesar de partidos, sindicatos e outros se tentarem meter no meio, e capitalizarem para si alguns dos méritos deste movimento que não olha a partidos. O mais temível ou alavancador de esperança é que a geração à rasca é transversal às diversas faixas etárias. O que significa que o problema não está circunscrito! Viam-se gerações de pais, filhos e avós de mãos dadas a lutar por uma sociedade melhor. Por isto, considero que seja uma manifestação que pode ser alavancadora de esperanças.
Neste caso, estou convencido que é um caso típico de "para grandes males, grandes remédios..." e que venham depressa.
Continuando o caminho actual, este é o futuro provável:
Ver mais em:
- http://www.ionline.pt/conteudo/110045-geracao--rasca-e-noticia-no-financial-times-
- http://www.ionline.pt/conteudo/110053-educacao-professores-enchem-o-campo-pequeno-protestar-contra-politica-do-governo
- http://www.ionline.pt/conteudo/110060-geracao--rasca-mensagens-solidariedade-chegam-todo-o-lado-ao-facebook-
- http://www.publico.pt/Sociedade/protesto-geracao-a-rasca-juntou-entre-160-e-280-mil-pessoas-so-em-lisboa-e-porto_1484504
- http://www.publico.pt/Sociedade/o-protesto-cidade-a-cidade_1484526
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