Obras por votos: a nova cara da cidade em tempos de autárquicas



O regresso a casa, depois de umas merecidas férias, foi interessante e bem vindo por vários motivos. O motivo que mais salta à vista e que se mostra em qualquer momento, em qualquer lugar, é a nova cara da cidade. Neste caso, não estou a falar das caras gigantones que pululam na cidade e que contribuem para diminuir o brilho obtido pelo Património da Humanidade. Tantos que se intitulam amigos do ambiente e, vistas bem as coisas, são fontes intensivas de poluição visual.

A nova cara da cidade está relacionada com a pintura de grande parte das artérias por onde passei. O tempo e a experiência aconselham-me a não ficar surpreendido por a memória de curto prazo ser a mais valorizada e os resultados pela ativação desta memória serem efetivos. Estradas pintadas (mesmo que continuem com os devidos buracos), um semaforozito aqui, uma rapadela no jardim ali, promessas de mais subsídios a diversas instituições, e várias outras ações de caciquismo que, entre outras coisas, fazem com que as autarquias sejam das maiores empregadoras de muitos concelhos, alguns dos quais empenhados até ao tutano.

É caso para ironizar: Portugal no seu melhor!


Que passem depressa as eleições autárquicas, pois é muito o ruído para que tudo fique na mesma.

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