O filósofo social RAP, no seu artigo na Visão Eu sou sincero não aprecio sinceridade - Visao.pt, faz um ensaio de qualidade sobre a sinceridade. Há sem dúvida a necessidade de saber viver em sociedade. E para viver em sociedade nem sempre a sinceridade é o melhor caminho. Então em alturas em que ninguém nos pergunta a opinião, devemos aplicar com conta, peso e medida a sinceridade.
Imaginem alguém que esteve fora da fila quando Deus distribuiu a beleza! Qual a necessidade de lhe dizer: "Desculpe ser sincero consigo, mas a senhora é feia que nem um bode!"? Há aqui várias situações dignas de análise. Primeiro, se queria ser desculpado, mantinha-se calado. A sabedoria popular diz-nos que as desculpas não se pedem, evitam-se. Segundo, se ninguém pediu a opinião, para quê dá-la? Por vezes, o silêncio é uma excelente forma de evitar grandes divergências. O silêncio é, muitas vezes, de ouro.
Considero que o segredo da boa aplicação da sinceridade está naqueles que conseguem, numa análise do momento, ter a capacidade e o bom senso para ser sincero ou simplesmente se manter calado.
Para ser sincero, dispenso sinceridades não pedidas ou fora de tempo.
O RAP, num texto pequeno, mas sábio, conseguiu transmitir a opinião de muitos de nós sobre os sinceros e moralmente à frente.
Sem comentários:
Enviar um comentário