Algo de Novo?



É provável que se esteja a assistir a um momento de viragem na política em Portugal. A postura de Pedro Passos Coelho (PPS) tem sido nestes primeiros dias diferente da postura tida pela liderança do PSD nos últimos anos, em dois aspectos fundamentais:
i. a procura de fazer com que o partido seja mais forte internamente, construindo pontes entre as facções existentes, e derrubando os muros que foram sendo erguidos ao longo de anos.
ii. na atitude educada, embora não subserviente, tida relativamente ao primeiro ministro, deixando para trás a marca destes últimos anos, baseada numa política do "bota-a-baixo", e que confesso que me surpreendeu por parte da Dr.ª Manuela Ferreira Leite.

É uma lufada de ar fresco no panorama político nacional, e que se espera que este início seja o início de um caminho de renovação da política nalguns dos seus aspectos fundamentais, alguns deles relacionados com aspectos sociais, outros de âmbito puramente político, relacionados com a representatividade e novos métodos de apuramento de resultados eleitorais, com os longamente falados circulos uninominais.

Esta nova postura/atitude tem duas vantagens claras:
i. Sócrates vai deixar de poder ter um discurso de vitimização constante;
ii. A oposição concentrar-se-á em questões políticas relevantes, deixando para trás a política das revistas "cor-de-rosa";

Com tudo isto, espero sinceramente que o debate político tenha elevação e respeito entre as partes, e que as questões de justiça sejam tratadas no âmbito da justiça. Que a justiça seja cega e tenha mão pesada sobre quem for condenado. Que os culpados não o sejam antes de quem de direito o provar.



Estou com aqueles que duvidam que Sócrates seja a Madre Teresa de Calcutá para fazer vários projectos gratuitos, mas que se prove no local certo, e que se deixem de falar sobre suposições.
Acredito que PPS tenha esta postura e que este possa ser o caminho certo, para todos os que pretendem estar na política.
Que a política seja uma uma "arte nobre", de quem quer servir a causa comum, e não de quem dela se quer servir!

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