Comprar muitos livros

"Comprar mais livros do que aqueles que conseguimos ler é um sintoma de que a alma está a tentar alcançar o infinito e essa paixão é a única coisa que nos ergue acima das alimárias que perecem." 
O santo, o surfista e a executiva.

É bom saber! Esta tenho que guardar!

Tens alguém próximo com cancro?


Uma das coisas que sempre me custou, quando  o tema é o cancro, é saber o que dizer e o que fazer. Quando está mais distante, a preocupação é mais leve, mas quando chega perto, queremos saber como agir perante quem tem a doença. É tema sensível e difícil, pois ainda há um medo considerável da doença. E com todas as razões do mundo. Este é um dos motivos porque é tão difícil falar com quem amamos deste problema. Não só a pessoa em causa tem medo do futuro, como nós próprios temos muito receio do que possa vir a acontecer. Felizmente, os números têm sido alimentadores de esperança para todos os que passam pela situação. Estamos a entrar na estação da Primavera e, felizmente, existem cada vez mais Primaveras em vidas que passaram por estes momentos difíceis.

Como em momentos de crise não sabia o que dizer/fazer, fica aqui um interessante artigo da Activa, que pode facilitar a nossa atuação, junto de família ou amigos, pois há cada vez mais pessoas que têm que passar por estes momentos difíceis:

"O Dia Mundial de Luta Contra o Cancro celebrou-se a 4 de fevereiro, mas quando se ama alguém doente todos os dias são dias de luta – não só para a pessoa mas para os que estão junto dela. Problema: muitas vezes, não sabemos qual é a melhor maneira de ajudar na batalha: Falamos? Não falamos? Tentamos animar? Choramos com ela? O que é que fazemos?
“Quando a minha melhor amiga foi diagnosticada com cancro no útero, fiquei tão revoltada como ela”, conta Ana Barros. “Éramos amigas desde a escola primária, mas de repente foi como se a nossa amizade desse um passo atrás. Eu não sabia o que lhe dizer, tinha medo que ela lesse nos meus olhos o choque que eu sentia, tinha medo que ela me desatasse a chorar nos braços.”
Foi uma etapa que durou pouco: “Houve uma altura em que percebi que aquilo era ridículo, porque ela continuava a mesma de sempre: até a cabeleira era bastante parecida com o cabelo natural dela. Ela contava-me todas as sessões de químio que fazia com a maior franqueza. Por isso, voltámos a fazer a nossa vida normal. Saíamos menos, porque ela estava mais cansada. Mas ela ensinou-me como queria ser tratada: como sempre. E foi isso que continuámos a fazer até ela ficar curada.”
No melhor e... no pior
Ainda mais próximo que os amigos estão os maridos: mas também entre os homens há quem se aguente bem na tempestade. É o caso de José Barreto, 71 anos, alentejano e professor reformado. Se há alguém perseguido pelo cancro da mama, é este homem. E se há alguém que desde cedo se habituou a ser o amparo das mulheres da sua vida, é a mesma pessoa.
Quando a mãe descobriu que tinha cancro da mama, José tinha apenas 20 anos. Pouco mais que um adolescente, tornou-se o apoio da mãe. “O pior eram as conversas”, recorda. “Ela desabafava tudo comigo, e passava o tempo a lamentar-se que já não ia viver para ser avó. Tentei apoiá-la com carinho e dar-lhe esperança. O meu pai, embora fosse muito amigo, nunca esteve por dentro dos tratamentos e dos medos dela.”
O apoio parece ter ajudado e a mãe curou-se mas 10 anos depois o cancro voltou. “Tornámos a passar pelo mesmo. Ela tornou a vencer e não só viveu como chegou aos 92 anos.”
A primeira mulher, Teresa, não teve a mesma sorte. “Fui muito feliz com ela durante 30 anos. Mas o cancro levou-a em 8 meses. O meu filho estudava na altura em Coimbra, e havia a tradição de as mães cortarem um pedaço da capa dos filhos. A minha mulher já nem para isso teve forças. Falámos da possibilidade de ela morrer, porque a situação dela foi muito má desde o princípio. Ela ficou assustadíssima. Em casa já não havia nenhuma janela aberta porque ela não suportava a luz.”
Mesmo assim, José não esmoreceu: “Revezava-me com a minha filha para haver sempre alguém com ela, e ia sempre aos tratamentos. Tudo parecia contra nós: a médica era bruta. Dizia-lhe coisas como, “Amanhã vá já comprar uma peruca porque o cabelo vai cair todo.” O cabelo não ia cair de um dia para o outro! E depois o drama das viagens até ao hospital era uma tristeza imensa, e eu tinha de lutar contra isso.”
A vida tem de voltar ao normal
Tornou a encontrar a felicidade ao lado de Alda: e anos depois, também ela é diagnosticada com cancro da mama. “Claro que eu por esta altura já tinha um doutoramento em cancro da mama”, ri José. “Com Alda, a primeira coisa que lhe ofereci quando ela soube que tinha cancro foi um computador. Ela ficou mais distraída e os tratamentos eram mais fáceis de aguentar.”
Ele próprio confessa detestar internet, mas reconhece que a Net foi uma aliada no apoio à mulher: “Ela ficou em contacto com várias mulheres que tinham o mesmo problema, e isso deu-lhe um apoio imenso e a noção de que o cancro não é sinal de morte mas de esperança.”
O cancro levou-lhe um dos peitos, mas o casal não perdeu a alegria e dedicou-se a montar uma peça de teatro, com outras sobreviventes, que em dois anos correu o país.
“Mas também não lhe posso dar muitos mimos senão estrago-a!” (risos). “As mulheres são muito perigosas, mesmo quando estão doentes. Não se pode fazer tudo o que elas querem, embora o apoio seja fundamental. Mas nunca lhe chamei coitadinha. Isso fragiliza a pessoa ainda mais. A partir de determinada altura, a vida tem de voltar ao que era, o mais normal possível. Porque andar a apaparicar a pessoa é mau sinal. É sinal de que a pessoa está doente. E eu não queria que elas se sentissem doentes. Queria que se sentissem com forças para lutar. E agora tenho de a tratar de igual para igual para ela saber que está bem, que está curada.” 
Lidar com o sofrimento
Sofia Sousa Abreu é coordenadora do ‘Movimento Vencer e Viver’, teve cancro da mama, e também teve um marido dedicado. “Apoiava-me de várias maneiras: estando comigo, indo comigo às consultas, e principalmente, ouvindo-me”, recorda. “O tempo para nós falarmos e desabafarmos é muito importante. Porque há muitos medos nessa altura, e têm de ser partilhados e vividos com alguém que nos ama.”
Do seu tempo de sofrimento recorda que nem todas as pessoas eram capazes de ouvir. “As pessoas fecham-se. É uma proteção, porque ouvir o que os outros estão a sofrer faz-nos sofrer também, e nós não estamos habituados a lidar com isso, nem com o nosso sofrimento nem com o dos outros. Principalmente quando estamos ligadas afetivamente à pessoa, é muito complicado lidar com as suas angústias e os medos, porque nos sentimos sem capacidade para minimizar isso.”
Pensamos, não posso fazer nada para ajudar... “Mas podem. Não podem tirar-nos o cancro ou diminuir-nos o medo de morrer. Mas podem estar ao nosso lado e dar-nos força.”
É mais fácil falar com alguém que já passou pelo mesmo? “Depende. Nem toda a gente que teve cancro quer falar sobre isso ou está preparado para ouvir os outros. Porque nós temos de estar muito bem connosco para conseguir ouvir os outros sem nos deixarmos ir abaixo e sem nos estarmos sempre a comparar e a dizer ‘quando eu fiz...’ – os outros não querem ouvir sobre mim, a não ser que as ajude. ‘Eu também fiz químio mas o meu cabelo cresceu’ ajuda outra pessoa. Mas não estou lá para desatar a falar sobre todas as químios que fiz.”
O que mais a irritava que lhe dissessem? “‘Vais ficar bem’. Ou ‘Ai mas tu não estás com ar doente’. As pessoas são muito dramáticas. Muitas vezes até estamos a reagir bem mas temos de ser uns coitadinhos.”
Que significa apoiar?
“Geralmente, temos uma ideia errada do que significa apoiar”, reforça Isabel Nabais, psicóloga clínica do serviço de oncologia do hospital Cuf Infante Santo. “Pensamento positivo e esperança não significam aquela frase ‘vais ver que não há de ser nada. Ninguém pode dar essa certeza, nem um médico! Portanto, dizer que não vai ser nada é visto pela pessoa como uma agressão.”
O mais importante quando se está perto de uma pessoa com cancro é manter o registo de funcionamento da normalidade. “Dantes vivíamos no silêncio e no medo das palavras, havia assuntos que não se discutiam, tínhamos muito medo de ofender a outra pessoa. Mas tem de haver espaço para aquilo que o outro quiser partilhar. Há que ser realista e seguir a intuição para perceber o que é que a pessoa quer. Há pessoas que precisam de desabafar e há as que não querem falar, estão num tal turbilhão interior que nem elas sabem encontrar as palavras. E é preciso respeitar este silêncio.”
Não sabe o que dizer? Não se aflija: o mais importante é estar presente. “Podemos não saber encontrar as palavras certas, mas podemos dar calor e afeto. E podemos ajudar nas coisas práticas: oferecermo-nos para acompanhar num dos tratamentos, ir com ela tratar dos aspetos mais práticos, como comprar a cabeleira, por exemplo, descobrir onde se colocam sobrancelhas falsas. São essas pequenas coisas que devolvem à pessoa a sua dignidade, e estar presente nesses momentos é uma grande ajuda.”
É óbvio que tudo isto tem de ser gerido numa perspetiva realista. “Ser amigo é ter a capacidade de chorar com a pessoa, se for preciso, ou de lhe dar um murro e dizer  ‘Reage!’. Mas é preciso estar perto da pessoa, conhecê-la, perceber como ela está.” Ser amigo também é viver em conjunto a raiva e a tristeza, em vez de fechar a porta porque nós próprios não sabemos ou não queremos lidar com isso. Ou seja, ser amigo é estar próximo. “Não podemos fingir que nada se está a passar. Mas a seu tempo, temos de ajudar a pessoa a retomar a normalidade.”
O que NÃO dizer: 
– Vais ver que não vai ser nada
– Isso passa
– Estás com mau aspeto
– És tão corajosa, vais ver que vais conseguir
– Eu fiz quatro sessões de químio, foi muito pior
– Temos de ser otimistas e pensar positivo
O que pode dizer:
– Se quiseres falar, estou aqui
– Se precisares de alguma coisa, diz
– Nem faço ideia do que estás a passar, como é que está a ser?
– Que tratamentos estás a fazer?
– Olha, nem sei o que te dizer..."

Texto original em: Activa: Como ajudar um amigo com cancro?

Pão: a côdea, o miolo e a comunicação


Reza a história que na comemoração dos seus 30 anos de casados, o Leonel e a Sãozita tomavam o seu pequeno almoço, como faziam desde sempre. Naquele dia, a Sãozita pôs manteiga na côdea e deu-a ao marido, dizendo-lhe: "Leo, hoje, o maior presente que me podes dar, é aceitar que eu coma o miolo! Amo-te muito, e por isso sempre comi a côdea, mas hoje estou caprichosa e preciso de um mimo extra!"
A cara do marido tornou-se um icónico "smile" aberto e disse-lhe: "Esse é um presente maravilhoso. Durante estes anos todos deixei-te comer a côdea para que pudesses satisfazer os teus desejos, não ousando pedir-ta! Mas a parte que sempre quis foi a côdea. É a minha perdição, côdea de pão com manteiga, acompanhado de uma chávena de café!"

Não é tão raro como eu gostaria ter problemas de comunicação. No trabalho, em família, nos grupos ou até no café do bairro, volta e meia aparecem alguns problemas de comunicação. Estes problemas começam, normalmente, por uma situação simples, mas que originam lados e barricada. A partir daí, e enquanto não se quebrar o ciclo, é sempre em crescendo, aumentando o tamanho da barricada entre as partes que se formam. Já deve ter acontecido a todos nós! Quantas vezes se ultrapassa tudo isto com diálogo e disponibilidade para ouvir? Tenho que aprender os conceitos de escuta ativa!

Ponto de Vista: a família pobrezinha

Imagem: www.caglardemiral.com/

O Joãozinho por vezes sentia-se muito triste. Pertencia a uma família muito pobrezinha. Naquela casa todos eram muito pobrezinhos: as criadas eram todas pobrezinhas, o jardineiro era pobrezinho, o motorista era pobrezinho..."

O mundo é composto de mudança com telefones

O conceito de antigo muda permanentemente! O telefone com que cresci foi o representado na 4.ª imagem, o telefone verde. É o telefone do meu tempo. Os 3 primeiros telefones, conheci-os posteriormente, como objetos de museu.
Hoje, no oftalmologista, uma criança de 3 anos não reconheceu a imagem do telefone verde. Para ele, esse é passado. É objeto de museu! Para mim, a última imagem é um telefone futurista. Para ele, será o telefone do seu tempo!






 

Carnaval da Bairrada, na Mealhada: de volta às origens!

O Carnaval da Bairrada, na Mealhada, é fantástico! Gera paixões e bairrismos que conseguem manter unidas muitas pessoas, mas é importante ver a camaradagem entre os elementos da generalidade dos grupos que se apresentam. É fértil em polémicas e uma das mais presentes é debate intenso e apaixonado entre os defensores de ter um corso com um percurso no centro da cidade ou ter o corso no sambódromo. Não é debate que me faça perder muito tempo. As Comissões de Carnaval têm feito o seu percurso e acredito que fazem com a intenção de engradecer mais ainda o Carnaval da Bairrada/Mealhada.

Mas foi muito bom ver um corso a passar novamente no centro da Mealhada. Quem sabe se esta é uma solução a aprofundar no futuro, pois todos poderão ficar satisfeitos com uma solução mista. Por um lado, um corso mais profissional, com concursos e com um palco (o sambódromo) com as condições para apresentar um trabalho sério e com muitos meses de empenho e trabalho sério, por parte de vários atores do Carnaval e, por outro lado, um corso mais popular e mais interativo e participativo, a realizar-se no centro da Mealhada. O Carnaval da Criança foi muito bom, e veio provar que existe um espaço muito interessante e mobilizador de muita gente para um corso com estas características. Eu próprio, representando Mealhada Sul, levei dois catraios de escolas de Coimbra, que ficaram entusiasmados por desfilarem. Foi à margem da organização, mas este corso permite esta "intrusão" no desfile que deixa todos felizes. As escolas de samba e outros grupos aproveitaram, e bem, para ensaiar as suas músicas em ambiente real e muitas pessoas estavam radiantes com o reviver do Carnaval no centro da Mealhada. Por mim, gostei imenso, e ver que existem mirins com muito potencial para assegurar as gerações futuras deste evento é muito importante.

Ficam as imagens possíveis (este corso começou mesmo a horas), com preparativos incluídos e o regresso a casa, passando por alguns momentos do corso e pelos representantes da Real Imperatriz, cujo regresso ao desfile sénior como Escola de Samba seria, com certeza, saudada com alegria:















Carnaval: água na boca!

Hoje não foi possível desfilar devido às condições atmosféricas. Na próxima terça-feira e no próximo Domingo já se satisfaz esta vontade de ver uma festa que se quer de cor, alegria, dança e animação. Não esquecer, colocar na agenda:

4 de Março e 9 de Março, 
10h00 Chegada à Mealhada e visita à Mata Nacional do Bussaco.
12h30 Almoçar na Mealhada, leitão à Bairrada, ou uma chanfana.
15h00 Ir ao Carnaval, no Sambódromo, na Zona Desportiva da Mealhada.

Ficam a seguir algumas imagens de alguns Carnavais, para deixar água na boca.

Carnaval da Bairrada, Mealhada

Carnaval da Bairrada, Mealhada

Carnaval da Bairrada, Mealhada

Vila Isabel, Campeã do Carnaval do Rio 2013