happiest people

The happiest people don't have the best of everything,
they just make the best of everything they have

The happiest people don't have the best of everything,
they just make the best of everything they have
The happiest people don't have the best of everything,
they just make the best of everything they have

diz o roto do nu...

Na fila do totoloto, diz a funcionária:
- Leve este jornal gratuito para o seu marido, para ele não a chatear tanto! Ele anda bonzinho?
Responde a senhora, zarolha e maneta, com ar repreensivo para com o ausente marido:
- Está como há-de ir, cada vez ouve pior! Está a ficar mesmo surdo!

Talking Heads - Psycho Killer



I can't seem to face up to the facts
I'm tense and nervous and I can't relax
I can't sleep, 'cause my bed's on fire
Don't touch me I'm a real live wire

Psycho killer, qu'est-ce que c'est
Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Far Better
Run Run Run Run Run Run away
Psycho killer, qu'est-ce que c'est
Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Far Better
Run Run Run Run Run Run away


You start a conversation you can't even finish it
You're talkin' a lot but you're not sayin' anything
When I have nothing to say my lips are sealed
Say something once, why say it again?


Psycho killer, qu'est-ce que c'est
Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Far Better
Run Run Run Run Run Run away
Psycho killer, qu'est-ce que c'est
Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Far Better
Run Run Run Run Run Run away


Ce que j'ai fait, ce soir-là
Ce qu'elle a dit, ce soir-là
Réalisant, mon espoir
Je me lance vers la gloire
We are vain and we are blind
I hate people when they're not polite


Psycho killer, qu'est-ce que c'est
Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Far Better
Run Run Run Run Run Run away
Psycho killer, qu'est-ce que c'est
Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa Far Better
Run Run Run Run Run Run away

por minha culpa...


Quando culpamos os outros, abdicamos do nosso poder de mudar.

Douglas Noel Adams

grão a grão...

"Grão a Grão enche a galinha o papo"
"Um bom exemplo nunca se perde"
"Manda e faz e bom exemplo darás"
São ditados populares que se enquadram perfeitamente nas ações que Pedro Passos Coelho está a realizar. Pequenos exemplos, mas que em conjunto poderão ser significativos, tal como o é, o exemplo per si!

Voar em classe económica: mesmo que a economia obtida não seja significativa, o exemplo é o maior ganho!

Governos civis geridos por secretários distritais: espero que seja o princípio da extinção de um cargo e estruturas cujas funções são desconhecidas pela maioria dos cidadãos. Pessoalmente nunca percebi quais as suas funções e contributo para a sociedade. Mais um pequeno passo na procura de um país sustentável, se não ficarem as estruturas e respectivos secretários.

Veja-se este vídeo com o poder do exemplo:

inconfidências...

Um rapaz de quinze anos vai a uma farmácia e diz ao farmacêutico:

- Senhor, dê-me um preservativo. A minha namorada convidou-me para ir jantar esta noite lá a casa, já saímos há três meses, a pobre começa a estar muito quente e parece-me que me vai pedir para lhe pôr o termómetro.
O farmacêutico dá-lhe o preservativo e o jovem sai da farmácia. De imediato, volta a entrar, dizendo:
- Senhor, é melhor dar-me outro, porque a irmã da minha namorada, é uma boazona de primeira, passa a vida a cruzar as pernas à minha frente. Acho que também quer algo, e como vou jantar hoje lá a casa...
O farmacêutico dá-lhe o preservativo e o jovem sai da farmácia. De imediato, volta a entrar, dizendo:
- Senhor, é melhor dar-me outro, porque a mãe da minha namorada também é boa como o milho. A velha, quando a filha não está ao pé, passa a vida a insinuar-se dum modo que me deixa atrapalhado, e como eu hoje vou jantar lá a casa...
Chega a hora da comida e o rapaz está sentado à mesa com a sua namorada ao lado, a mãe e a irmã à frente. Nesse instante entra o pai da namorada e senta-se também à mesa. O rapaz, baixa imediatamente a cabeça, une as mãos e começa a rezar:
- Senhor, abençoa estes alimentos, bzzzz, bzzzz, bzzzz,...damos-te graças por estes alimentos.
Passa um minuto e o rapaz continua de cabeça baixa rezando:
- Obrigado Senhor por estes dons, bzzz, bzzz, bzzz..
Passam cinco minutos e prossegue:
- Abençoa Senhor este pão, bzzz, bzzz, bzzz...
Passam mais de dez minutos e o rapaz continua de cabeça baixa rezando. Todos se entreolham surpreendidos e a namorada diz-lhe ao ouvido:
- Meu amor, não sabia que eras tão crente...!!!
- E eu não sabia que o teu pai era farmacêutico!!!

Conclusão:
Não comente os planos estratégicos da empresa com desconhecidos, porque essa inconfidência pode destruir a sua própria organização.
Ia uma jovem a passear com o seu namorado, quando ouviram uns empregados de umas obras gritar:

- Oh maricas, não a leves a passear, leva-a mas é para um lugar escuro.
O rapaz, muito envergonhado, segue o seu caminho com a namorada e passam por um parque onde estão vários reformados sentados que ao vê-los começam às bocas ao noivo:
- De mãozinha dada com a miúda, devias é levá-la para um motel, ó paneleiro!
O rapaz, cada vez mais envergonhado, decidiu-se levar a namorada a casa e despede-se:
- Então até amanhã, meu amor!
A noiva responde-lhe:
- Até amanhã, meu grande surdo!...
Conclusão:
Escuta quem está de fora e decide se os conselhos devem ser postos em prática! Se decidires por em prática, sê rápido! 

Platini - a suprema arte de cuspir para o ar

http://henricartoon.blogs.sapo.pt/

*Estrelas da seleção francesa*
Zidane
Benzema
Nasri
Malouda
Evra
Vieira
Pires
Cantona
MICHEL PLATINI !

"Michel François Platini (Jœuf, 21 de junho de 1955) é ex-futebolista francês e atual presidente da UEFA.
Assim como outros célebres futebolistas franceses, como Roger Piantoni, Dominique Baratelli, Bernard Genghini, Jean-Luc Ettori e Bruno Bellone, Platini possui origens italianas. É filho de imigrantes italianos que inclusive foram donos de um restaurantes especializado em massas.[1]
Michel, cuja pronúncia de seu sobrenome é originalmente "Platíni" na língua italiana, acabaria marcando época não só no país onde nasceu, mas também na terra de seus pais, onde foi um dos grandes ídolos da história da Juventus."
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Michel_Platini

Propellerheads - History repeating



The word is about, there's something evolving
Whatever may come, the world keeps revolving
They say the next big thing is here
That the revolution's near
But to me it seems quite clear
That it's all just a little bit of history repeating


The newspapers shout a new style is growing
But it don't know if it's coming or going
There is fashion, there is fad
Some is good, some is bad
And the joke is rather sad
That its all just a little bit of history repeating


And I've seen it before
And I'll see it again
Yes I've seen it before
Just little bits of history repeating


Some people don't dance, if they don't know who's singing
Why ask your head, it's your hips that are swinging
Life's for us to enjoy
Woman, man, girl and boy
Feel the pain, feel the joy
And side step the little bits of history repeating


Just little bits of history repeating
And I've seen it before
And I'll see it again
Yes I've seen it before
Just little bits of history repeating

justiça é cega?... mais um prego!

A notícia de que os nossos futuros juízes foram todos apanhados a copiar é mais uma prova de que a realidade supera a ficção. Não vejo nenhum criativo que conseguisse chegar a tanto.
Os futuros magistrados deste país, que serão os barómetros e simultaneamente os guardiães da honestidade e bons costumes, provaram por ação direta, que honestidade é algo a aplicar, mas não a praticar! Ou não estará a justiça relacionada com honestidade?
Confesso que sempre vi os magistrados como pessoas realmente honestas. Talvez as tardes passadas a ver o Perry Mason e outras séries com juízes sérios e credíveis tenham formado uma determinada ideia sobre a justiça, mais aplicada à Norte-Americana do que à Portuguesa (basta ver a celeridade dos casos do Carlos Castro e do Strauss-Kahn e comparar com a vertiginosa velocidade da nossa justiça).
Começo a acreditar que a nossa justiça está mais próximo do que o apresentado nas notícias seguintes:
público: futuros magistrados apanhados a copiar
I: futuros magistrados apanhados no copianço vão ter nota 10
É o descrédito total! Associado a notícias como a da procuradora que conduzia alcoolizada, os pregos no caixão da justiça não param.
Como se não fosse suficiente, deram nota dez a todos! Assim, a justiça não conseguirá provar que é cega. Como se já não fosse suficientemente má a situação, vem alguém desresponsabilizar aquela cambada pelo que aconteceu.
Felizmente, aparecem algumas vozes com bom senso, a criticar e a querer apurar responsabilidades: 
Público:Marinho e Pinto defende repetição de prova de exame
I: sindicato diz que copianço foi escusado e lamentável
Público: directora do cej quer apuramento de responsabilidades

Talvez ainda se faça justiça!
Menos Mau!

Malato? Fernando Mendes? Baião?

Um exemplo perfeito do que são os consursos portugueses (excepto aquele do "perca peso, pergunte-me como")!
Se queriam caricaturar concursos portugueses, porque fizeram o sketch em inglês?

Humanos: Muda de vida.

Há certos dias em que não conseguimos deixar de cantarolar certas músicas.
Hoje é a música dos Humanos:



Será que hoje a música representa algo mais do que apenas uma música?

TAP: pterossauros da era contemporânea

A Ryanair é uma companhia de aviação polémica. Mas polémicas à parte, demonstra um forte sentido de humor. Ou então é verdadeira gratidão. Seja o que for, enviaram uma mensagem forte à TAP, através do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que não deveria ser menosprezada por esta companhia nacional. Neste período e, analisando as suas contas, não me parece que a greve seja a acção mais adequada a tomar. As outras companhias agradecem. E os contribuintes?
Público: Ryanair envia rosas aos tripulantes da TAP para agradecer convocação da greve
I: Ryanair agradece com rosas greve dos tripulantes da TAP e chama-lhes dinossauros!

UFA... Finalmente!

novas oportunidades

Concordo plenamente com a filosofia das novas oportunidades. Concordo com a filosofia de segundas oportunidades. Acredito que haja pessoas com vontade de aprender e que haja casos de sucesso nas novas oportunidades.
Infelizmente, a minha percepção diz-me que estes são casos pontuais. Estou convencido que a generalidade das qualificações obtidas são dadas, e não conquistadas.
Como diz no logo, "Aprender Compensa". Concordo em absoluto. A questão é: nas novas oportunidades aprende-se? Tenho sérias dúvidas.
A seguir, apresento um texto que me foi enviado por mail, pelo PS (ironia do destino), e  acredito que, mesmo que não seja verdadeiro, representará de uma forma fidedigna, o que se passa com as novas oportunidades:

A OPINIÃO DE UM FORMADOR



Novas Oportunidades - o embuste


Começo por informar que não sou, nunca fui e não serei eleitor votante no PSD. Situo-me num espectro político-ideológico completamente diverso, portanto a razão do meu contacto não tem qualquer motivação partidária. Simplesmente acho que este assunto é demasiado sério para ser tratado apenas como uma guerra de palavras entre dois partidos candidatos ao governo.

Fui formador de informática durante 17 anos, actividade que deixei de exercer a tempo inteiro em Agosto passado, quando ingressei na Administração Pública, mas nos últimos anos tive a infeliz oportunidade de conhecer a realidade da formação nas Novas Oportunidades. "Infeliz" porque pude verificar que se trata de um completo embuste. Em 17 anos de actividade e com mais de 12.000 horas de formação ministrada, a única vez que tive vontade de abandonar um curso foi nas Novas Oportunidades.

De facto, o modo como estes cursos estão estruturados é mau demais para ser verdade, e quem não conheceu a situação no terreno nem imagina a tragédia que aquilo é. E é este o motivo que me leva a entrar em contacto convosco: para dar o testemunho de quem teve a desdita de ministrar cursos das Novas Oportunidades.
1. O primeiro foi num centro de emprego na região de Lisboa.
Pretendia-se certificar os formandos com qualificação equivalente ao 6º ano, num curso qualificado como B2. Coube-me ministrar 100 horas de informática, onde se deveria incluir módulos de Word, Excel, PowerPoint e Internet. As dificuldades começaram logo na utilização do próprio computador, porque a formação de base da maioria dos 10 formandos era tão rudimentar que vários deles nem o seu próprio nome de utilizador e respectiva "password" conseguiram fixar durante aquelas 100 horas.

Começando com o módulo de Word, a avaliação foi quase desastrosa por vários motivos: os conhecimentos de português eram quase nulos em vários dos formandos; houve quem não conseguisse escrever sequer um parágrafo completo durante aquele tempo; havia quem conseguisse dar dois erros ortográficos na mesma palavra.


No módulo de Excel, as coisas foram piores, de tal forma que ao fim de 3 sessões desisti de continuar com aquele módulo. Era impossível fazê-los perceber como calcular esta coisa simples: se fossem à bomba de gasolina, abastecessem 25 litros e cada litro custasse 1,2 ?, quanto gastariam? Este era o cálculo mais simples que se poderia executar numa folha de cálculo, mas primeiro era preciso que percebessem o raciocínio do cálculo. Impossível.


Só no PowerPoint e na Internet é que se conseguiu que a generalidade dos formandos fizessem algum trabalho visível. Mesmo assim, o panorama geral era francamente desolador. Cheguei a falar com os professores de português e matemática para perceber se aquela tragédia era mesmo o que parecia, o que me foi confirmado. Na altura a minha filha estava no 5º ano, e tinha mais conhecimentos que qualquer um deles.

Os problemas não se ficavam por aqui. Em termos pessoais as coisas ainda eram mais difíceis. Um dos formandos era alcoólico e trabalhava zero. Chegava às aulas alcoolizado e era incapaz de acompanhar qualquer assunto. Outro tinha estado preso por tráfico de droga. Outro era um jovem de 19 anos que se gostava de exibir nas aulas a dizer que era gay. Outra, com 55 anos, andava sempre atrelada a este e era ele que lhe fazia os testes, porque ela deixava de trabalhar quando ele estava próximo, enquanto nos intervalos aproveitavam para dar umas passas. Outra ainda dizia ser doente e faltava constantemente, chegava tarde e saía cedo porque tinha de apanhar o autocarro, e saía constantemente da sala para tomar comprimidos porque estava cheia de dores.


Como as minhas aulas eram quase sempre nos últimos dois tempos, das 18 às 20 horas, eles queriam sair mais cedo não havendo intervalo. Mas como eram os últimos tempos, antes iam jantar ao refeitório, donde resultava que por vezes entravam na sala às 18:30 e às 19:30 queriam ir-se embora.
No meio de tudo, o que verdadeiramente os preocupava era quando iriam receber o subsídio...


No final de tudo aquilo, como profissional que leva o seu trabalho a sério, fiz um relatório de avaliação onde indiquei que 3 dos formandos não iriam ser aprovados porque não tinham os conhecimentos mínimos para tal. Perante isto fui contactado pela pessoa coordenadora do curso, que
me pediu por favor para os passar, pois se não o fizesse eles não poderiam receber o diploma. Acedi contrariado mas elaborei uma informação a justificar o meu desacordo e senti que estava a colaborar numa farsa.


Posteriormente voltei ao mesmo centro de formação para frequentar uma acção de actualização do CAP (Certificado de Aptidão Profissional), onde a formadora era uma colega que também tinha sido formadora do mesmo curso. Informou-me que o tal formando alcoólico estava agora frequentar outro curso das Novas Oportunidades para obter o 9º ano! Eu nem queria acreditar. O homem é quase analfabeto!

2. Depois desta tragédia, fui convidado por uma empresa de formação para ministrar um curso do mesmo género fora de Lisboa, neste caso para um nível equivalente ao 9º ano. Foram-me atribuídos dois módulos, introdução à informática e PowerPoint, em dias alternados. Fui eu que abri o curso, e durante 7 horas no primeiro dia estive a falar de conceitos gerais de informática e de utilização do computador, de arrumação de pastas e ficheiros.


Qual foi a minha surpresa quando verifiquei que no segundo dia iria outro formador dar Excel, no terceiro dia iria outra formadora dar Word e no quatro dia voltaria eu, para continuar a falar de pastas e ficheiros! Pensei para mim próprio: onde eu vim cair! Como é possível que um curso seja estruturado desta forma? Que lógica de aprendizagem é esta? Quem estabelece este calendário? Como se admite que num dia se fale de pastas e ficheiros e no dia seguinte se esteja a falar de folha de cálculo sem ainda se ter explicado no módulo inicial como se criam pastas?


E de quem é a responsabilidade desta amálgama? Quem propõe este calendário e quem o aprova? Será a empresa formadora que propõe, ou serão os responsáveis que, sentados num gabinete e sem qualquer noção do que é uma acção de formação, determinam que um formador não pode dar
mais do que 7 horas seguidas na mesma turma, e por isso tem de se misturar módulos diferentes com formadores diferentes sem qualquer lógica nem critério?


3. Num terceiro caso, o objectivo já era certificar o 12º ano. Uma das participantes era também uma jovem com 19 anos a quem perguntei porque não ia fazer o 12º ano numa escola. Resposta: porque aqui é mais fácil. Apesar de tudo estes eram mais empenhados, embora deixassem alguns comentários em tom incomodado como "o quê, temos de fazer uma avaliação?"


Mas o programa do curso... oh céus! Como é possível, como, elaborar programas como aqueles? Consulta-se o conteúdo programático dos vários módulos das UFCD (unidades de formação de curta duração), e vemos estas pérolas:

· Informática - evolução: 25 horas
· Arquitectura de computadores: 50 horas
· Gestão e organização da informação: 25 horas
· Sistemas operativos: 50 horas
· Sistemas operativos multitarefas: 50 horas
· Sistemas operativos utilitários complementares 25 horas


Daria vontade de rir se não fosse trágico. Como é possível elaborar 3 módulos de sistemas operativos, a par com um de gestão de ficheiros , ter formadores a falar das mesmas coisas durante 50 horas em módulos supostamente diferentes? Pergunto eu: alguém faz ideia do que está a fazer quando elabora estes módulos?

Vale a pena consultar estes conteúdos:
http://www.catalogo.anq.gov.pt/UFCD/Detalhe/736
http://www.catalogo.anq.gov.pt/UFCD/Detalhe/737
http://www.catalogo.anq.gov.pt/UFCD/Detalhe/738
Alguém que perceba como é que se diferencia uns dos outros, e que justificação existe para fazer disto módulos de 50 horas. Quem são os crânios, sentados atrás duma secretária e sem ter qualquer noção do que é a formação, que determinam que os módulos têm todos de ser em múltiplos de 25 horas? E pedagogicamente, qual é a lógica subjacente? Se as aulas são normalmente de 3 horas ou 3 horas e meia, como se faz um calendário com pés e cabeça de modo a completar 25 horas? Não têm sequer a noção básica de que as durações deviam ser em múltiplos de 3? Quem é que é pago para conceber esta miséria?

E o que são os sistemas operativos utilitários complementares? São 25 horas para ensinar a utilizar um antivírus e compactar de descompactar ficheiros com um programa do tipo WinZip. 25 horas para isto? Era como se criassem um módulo para ensinar a atarraxar lâmpadas: explicava-se
numa hora e depois ficava-se 24 horas e roscar e desenroscar a lâmpada...

É isto que resulta das Novas Oportunidades: andar a "certificar" analfabetos que na sua maioria não estão minimamente interessados em aprender o que quer que seja, querem sim ter um diploma que ateste que têm o 9º ou o 12º ano, mas que quando forem para o mercado de trabalho irão mostrar a sua total ignorância. Como me podem "obrigar" a passar pessoas como tendo competências informáticas quando nem um parágrafo conseguem escrever? E o meu nome fica associado a uma vigarice destas a troco de quê? Por que carga de água é que eu hei-de dizer que aquelas pessoas têm competências que não têm?


De facto, seria bom que alguém fizesse uma auditoria (mas a sério, não a fingir) à seriedade das Novas Oportunidades. Pessoalmente considero, mais que um embuste, um roubo que se está a fazer aos portugueses apenas para mascarar estatísticas com pseudo-qualificações que, objectivamente, as pessoas não têm.


No fim da minha colaboração com este programa, para além da frustração
perante a inutilidade daquilo que estive a fazer, sobreveio principalmente uma enorme indignação por verificar que estava a assistir a um desbaratar de recursos de forma totalmente inútil e da qual não advém qualquer mais-valia para o país.


Estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais que considerem necessários. Acrescento que uma cópia deste e-mail vai ser enviada para todos os grupos parlamentares, uma vez que vi a notícia de que o assunto vai ser discutido no parlamento. Espero que o meu testemunho ajude a esclarecer os espíritos.


Com os melhores cumprimentos


Mário Feliciano

A importância das pequenas tarefas

Gosto desta pequena história que nos ensina como o descuido com determinados pormenores pode ter um impacte grande nas empreitadas que vamos tendo, ao longo da vida. Não conheço a origem, mas vale a pena ler:


"Alguns profissionais acham que o trabalho que fazem não tem muita importância. Às vezes negligenciam as suas obrigações e acabam por realizar mal as suas tarefas, sem perceberem as consequências que uma pequena falha pode gerar, por mais insignificante que seja.



Diz a lenda que o rei Ricardo III se preparava para a maior batalha da sua vida. Um exército liderado por Henrique, conde de Richmond, marchava contra o seu. Estava em jogo o trono de Inglaterra. Na manhã da batalha, Ricardo mandou um cavalariça verificar se o seu cavalo preferido estava pronto.
- Ferrem-no já - disse ao ferreiro. - O rei quer seguir, na sua montada, à frente dos soldados.
- Terá de esperar - respondeu o ferreiro. - Há dias que tenho estado a ferrar todos os cavalos do exército real e agora preciso de ir buscar mais ferraduras.
- Não posso esperar - gritou o cavalariço, impacientando-se. - Os inimigos do rei estão a avançar neste exacto momento e precisamos de ir ao seu encontro no campo. Faz o que puderes agora, com o material de que dispões.
O ferreiro, então, voltou todos os esforços para aquela empreitada. A partir de uma barra de ferro, providenciou quatro ferraduras. Malhou-as tanto quanto pôde, até lhes dar forma adequada. Começou a pregá-las nas patas do cavalo, mas depois de colocar as três primeiras descobriu que não havia pregos para a quarta.
- Preciso de mais um ou dois pregos - disse ao cavalariça do rei -, e vai levar tempo para confeccioná-los no malho.
- Eu já disse que não posso esperar - respondeu, impaciente, o cavalariça. - Já se ouvem as trombetas. Não podes usar o material que tens?
- Posso colocar a ferradura, mas não ficará tão firme quanto as outras.
- Ela cairá? - perguntou o cavalariço.
- Provavelmente não - retorquiu o ferreiro -, mas não posso garantir.
- Então, usa os pregos que tens! - gritou o cavalariço. - E depressa, senão o rei Ricardo zangar-se-á connosco.
Os exércitos confrontaram-se e Ricardo participava activamente no coração da batalha. Tocava a montada, cruzando o campo de um lado para o outro, instigando os homens e combatendo os inimigos.
- Avante! - bradava, incitando os soldados contra a linha de Henrique.
Lá longe, na retaguarda do campo, avistou alguns dos seus homens batendo em retirada. Se os outros os vissem, também iriam fugir da batalha. Então, Ricardo meteu as esporas na montada e partiu a galope na direcção da linha desfeita, incitando os soldados a voltarem à luta.
Mal cobrira metade da distância, o seu cavalo perdeu uma das ferraduras. O animal desequilibrou-se e caiu, Ricardo foi atirado ao chão e, antes que pudesse agarrar de novo as rédeas, o cavalo, assustado, levantou-se e fugiu disparado. O rei olhou em redor e viu os seus homens a darem meia volta e a fugirem, e os soldados de Henrique a fecharem o cerco. Brandiu a espada no ar e gritou:
- Um cavalol Um cavalol O meu reino por um cavalo!
Mas não havia nenhum por perto. O seu exército estava destroçado e os soldados ocupavam-se em salvar a própria pele. Pouco depois, as tropas de Henrique dominavam Ricardo, vencendo a batalha. E desde então as pessoas dizem:
- Por causa de um prego, perdeu-se uma ferradura. Por causa de uma ferradura, perdeu-se um cavalo. Por causa de um cavalo, perdeu-se uma batalha. Por causa de uma batalha, perdeu-se um reino. E tudo isso por faltarem pregos numa ferradura!
O mesmo vale para a empresa: um pequeno erro no início de um processo pode causar um grande desastre. É com a qualidade das pequenas tarefas que se atinge a qualidade final.

O custo de prevenir erros é sempre menor do que o de corrigi-los. O erro sai mais caro quanto mais cedo aparece no processo e quanto mais tarde é detectado e corrigido."